Curso: Secretariado Executivo
Turma: 4º Semestre – Matutino
Disciplina: Psicologia Organizacional e Relações
com R.H.
Profª Talita Godoy (11/10/2013)
Tema da aula: Satisfação e stress no ambiente de
trabalho
Talvez
seja simples a observação de que funcionário feliz e satisfeito trabalha mais e
melhor, contudo, este não é o objetivo de nenhuma empresa. O negócio da empresa
é o mercado global, em que ela entra para se destacar. E talvez por isso, boa
parte das empresas não esteja preocupada com o bem estar dos seus funcionários,
deixando que situações diversas o façam passar do grau de satisfação para o
stress sem se dar conta disso.
“Se
as pessoas não são felizes, elas não serão felizes com os clientes” (Tim Crow,
diretor de Recursos Humanos da Home Depot).
Existe
uma forte relação entre a felicidade e satisfação pessoal com o comportamento
dos funcionários em relação à qualidade do seu trabalho, o que se reflete
diretamente no trato com os seus pares e clientes externos.
Satisfação no trabalho é “um sentimento
agradável que resulta da percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a
realização de valores importantes relativos ao próprio trabalho” (LOCKE, 1976).
Stress é “um estado
emocional desagradável que ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua
capacidade para enfrentar um desafio percebido em relação a um valor
importante” (McGratth, 1977).
O
stress faz com que o organismo passe por três estágios: alarme, resistência e
esgotamento, definidos como síndrome da adaptação geral, na teoria do médico e
pesquisador Hans Salye. A reação do corpo ao stress crônico ocorre nessas três
fases citadas, sendo a primeira quando o corpo dá um certo alarme, percebendo
uma ameaça física ou psicológica, que provoca mudanças fisiológicas. Na
resistência, a pessoa elimina os sintomas iniciais causados pelas ameaças,
porém, as causas do stress continuam em ação, silenciosamente. Posteriormente,
se a situação de stress persistir, a pessoa entrará em estado de esgotamento e
a pessoa não pode mais se adaptar ao stress contínuo. Os sintomas iniciais
voltam e chegam à exaustão, levando a pessoa ao estado de estafa, que pode
gerar danos físicos graves, inclusive cardíacos.
Além
das reações físicas e psicológicas, o stress causa reações no comportamento dos
funcionários em relação à qualidade do que ele faz e no contato com os
clientes, como num mecanismo de reação de defesa. Eles tendem a despersonalizar
seus clientes ou consumidores que tentam servir, o que destrói ainda mais o
serviço prestado (GRANDEY, 2003).
Custos para a empresa:
Alguns
prejuízos podem chegar á empresa, como despesas médicas, encargos por ações
trabalhistas e demissões. O absenteísmo é um sintoma de insatisfação no
trabalho, assim como a rotatividade dos empregados. A substituição de
colaboradores demanda tempo para a procura de novos empregados, elaboração do
processo seletivo além do treinamento, que leva tempo para deixar o novato
pronto a render os mesmos lucros que o antigo funcionário trazia quando estava
satisfeito e trabalhava bem. O absenteísmo também é prejudicial no sentido de
deixar o cliente sem atendimento, ou em atrasar as tarefas que o funcionário
deveria ter desempenhado enquanto faltou no trabalho. Uma qualificação
especializada pode demorar meses e até anos para chegar ao ponto máximo. A
perda de um colaborador assim, que chegou a um grau elevado de insatisfação e
stress pode ser gravemente prejudicial à empresa.
O
investimento de uma empresa para com seu colaborador é desperdiçado e pode se
voltar contra ele quando este mesmo colaborador, uma vez insatisfeito, aceita
trabalhar para o concorrente. “O investimento de uma empresa não só é perdido,
como realmente se transforma em um bônus para a empresa concorrente, que ganha
acesso a uma grande quantidade de conhecimento sobre as operações da
concorrente” (Wagner e Hollenbeck, 2011).
CCOs – (Comportamentos de
Cidadania Organizacional - Organizational
Citizenship Behaviors)
“Os
comportamentos de cidadania organizacional são atos que promovem o interesse da
organização, mas que formalmente não fazem parte dos requisitos documentados
por nenhuma pessoa. Eles incluem comportamentos como disposição para missões
voluntárias, interromper o que está fazendo para recepcionar novos
colaboradores, ajudar outras pessoas que precisam de assistência, ficar até
mais tarde para concluir uma tarefa, ou verbalizar a opinião de alguém sobre
questões organizacionais críticas” (Wagner e Hollenbeck, 2011).
CCOs
declinam quando os colaboradores ficam emocionalmente exaustos pelo excesso de
trabalho, ou horas trabalhadas, sugerindo que ocorre uma inversão de qualidade
e quantidade quando os trabalhadores são muito explorados.
Fontes de insatisfação e stress
Ambiente
físico e social ; inclinações pessoais; tarefas organizacionais; papéis
organizacionais.
Eliminação da insatisfação e do stress
Os
programas anônimos de avaliação dos colaboradores traz uma visão ampla do grau
de satisfação ou insatisfação por parte deles. A partir dos resultados desta
avaliação é possível pensar em ações que venham a suprir as necessidades
apontadas. Algumas sugestões giram em torno da criação de um ambiente
solidário; permitir que a pessoa se afaste por um tempo do ambiente que o
estressa, entre outros. Nada como a visão do gerente e sua percepção para
evitar situações dessa ordem e manter seus colaboradores satisfeitos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Wagner,
John A.; Hollenbeck John R. Comportamento Organizacional: criando vantagem
competitiva. São Paulo: Saraiva, 2011.
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