Sociologia – Aula 08
/ A questão do outro / Colonização da América
Data: 25/11/2016
Turma: Processo Seletivo Seriado (PSS/PAS)
Tema: A questão do outro / Etnia / Colonização da américa
Profª Talita Godoy
Extraído de sites citados
PARTE I
Etnia, etnicidade e etnocentrismo
A
palavra "etnia" é derivada
do grego ethnos,
significando "povo" que tem o mesmo ethos (caráter moral, costumes,
cultura), costume, incluindo língua, raça, religião etc.
Etnicidade é o
conjunto de características comuns a um grupo de
pessoas, que as diferenciem de outro grupo. Normalmente essas características
incluem a língua, a cultura e também a noção de uma origem comum. A definição
da natureza das relações étnicas, a percepção do papel social dos indivíduos no
seu próprio grupo e fora dele.
Grupos minoritários - o termo grupos
minoritários é amplamente utilizada na sociologia, sendo mais que uma distinção
numérica, existem muitas minorias. Ex: pessoas altas, magras, baixas, porém
estas não são minorias segundo o conceito sociológico, minorias são um grupo
inferior numericamente e estão em
desvantagens sociais se comparados com a grande parte da população
majoritária, sendo objeto de preconceito de tal grupo dominante, tal
comportamento reforça a ideia de lealdade e de interesses comuns. Por isso
quando a expressão “minoria” é usada pelos sociólogos não é em caráter numérico
e sim a posição subordinada do grupo dentro da sociedade, pois o termo minoria
expressa a situação de desamparo, os membros deste grupo estão normalmente
isolados física e socialmente, costumam se concentrar em certos bairros,
cidades ou regiões. Esses grupos costumam casar entre si para manter viva sua
distinção cultural.
Diferenças físicas,
como a cor da pele, são, com frequência, o fator decisivo para designar uma
minoria étnica, as diferenças étnicas são comuns em associações de
desigualdades em relação à riqueza e ao poder.
Etnocentrismo é um conceito o
antropológico que ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo de pessoas,
que não tem os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se
melhor ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos
ou manias, por sua forma de se vestir, ou até mesmo pela sua cultura.
A tendência é
observada em ideologia nacionalistas, como o fascismo por exemplo, na qual seus
seguidores tem a tendência de julgarem a cultura em que se localizam superior
em algum critério em relação às demais. Tal posição não pode ser considerada
com o racismo em si, pois o racismo usa critérios supostamente biológicos para
estabelecer o conceito de superioridade, já o etnocentrismo usa um visual
cultural e social para estabelecer o conceito de superioridade.
PARTE II
Descobrimento e colonização da América
Cristóvão
Colombo chegou ao território do continente que seria posteriormente chamado de
América no final do século XV, em 1492. Alguns anos depois, em 1500, Pedro
Álvares Cabral tomou posse para Portugal do território que seria chamado de
Brasil. Enquanto os portugueses exploravam regiões que seriam do nosso país, os
espanhóis exploravam áreas das futuras América Central e América do Sul. Os
ingleses foram os primeiros a ocupar territórios mais ao norte. No entanto, só
seria estabelecida uma relação colonial no início do século XVII, quando foi
fundado o primeiro assentamento permanente inglês com o nome de Jamestown.
Datado de 1607, o assentamento passou a receber colonos da Inglaterra que se
relacionavam de modo amigável com os índios da tribo Powhatan.
Naquela
época, não havia dinheiro em circulação, o comércio era realizado através do
escambo, ou seja, troca de mercadorias. Só que o primeiro assentamento inglês
na América do Norte tinha baixa produtividade e ficou sem mercadorias para
continuar fazendo trocas com os indígenas, configurando uma situação de pobreza
entre os colonos.
Superada
a dramática situação em Jamestown, os colonos passaram a cultivar tabaco e a
prosperar. Ao contrário dos portugueses e dos espanhóis, os ingleses não
encontraram metais preciosos e recorreram ao cultivo para enriquecimento. A
nova condição exigia mais mão-de-obra e a Inglaterra fez novas investidas para
colonização do território norte-americano. A ideia de terra fértil e abundante
no novo continente, com possibilidades de enriquecimento, atraia essas pessoas.
A Inglaterra já vivia problemas com o crescimento demográfico, logo a
colonização se apresentou como importante alternativa. No decorrer do século
XVII, um grande contingente de ingleses embarcou para o Novo Mundo formando
novos assentamentos.
A produção de tabaco ocupou grandes áreas e espalhou a população por territórios mais amplos. Outro motivo para difusão do contingente populacional pelo território foi em função das diferentes vertentes religiosas. Os peregrinos, grupo religioso que buscava desvincular-se da Igreja da Inglaterra, e os puritanos, que queriam reformar a Igreja da Inglaterra, fundaram o assentamento inglês chamado de Nova Inglaterra em localidade mais ao nordeste de Jamestown. No entanto, as divergências religiosas exigiram a separação e o distanciamento dos grupos, estimulando a colonização em outras localidades.
Com o passar dos anos, na década de
1750, surgiram as treze colônias
inglesas que deram início ao que, mais tarde, viria a ser os Estados
Unidos, eram elas: Virgínia, New Hampshire, Massachussetts, Maryland,
Connecticut, Rhode Island, Carolina do Norte, Nova York, Nova Jersey, Carolina
do Sul, Pensilvânia, Delaware e Geórgia.
Dotada de um clima semelhante ao
europeu, a região que abrigava as colônias do norte não tinha uma produção
diferente daquela encontrada na própria Inglaterra. Logo, seus habitantes
investiram na policultura voltada ao mercado interno, predominava o trabalho
familiar em pequenas propriedades. Também surgiu na região uma próspera
produção de navios que sustentariam um comércio triangular, baseado na compra
de cana e melado nas Antilhas, produtos utilizados para fazer o rum que era
comercializado em troca de escravos na África. Por sua vez, os escravos eram
vendidos nas Antilhas ou mesmo nas colônias do sul. O negócio era altamente
lucrativo e ajudou a enriquecer a região.
Enquanto isso, as colônias do sul
tinham solo e clima propícios para os interesses europeus. Desde Jamestown, o
tabaco ganhou grande importância como produto agrícola. Mas para sustentar sua
produção voltada para o mercado externo era preciso muito terreno, o que
caracterizou as colônias do sul como região de latifúndios monocultores.
Configurava-se, então, uma
polarização: o norte com predominância da pequena propriedade, abrigando
atividades manufatureiras, com um mercado interno significativo e formado por
trabalhadores livres; já o sul era latifundiário, com a produção baseada no
trabalho escravo e voltada para o mercado externo. Esse antagonismo complicaria
a relação colonial e culminaria em confrontos de interesses que resultariam na
independência dos Estados Unidos.
As colônias que correspondem, atualmente a Nova Iorque,
Pensilvânia, Delaware e Maryland localizavam-se na região central e
caracterizavam-se também pela diversidade de culturas. Além da Virgínia, a Carolina do Norte, a Carolina do Sul e a
Geórgia localizavam-se na região Sul. A parte da população que não tinha muita
instrução concentrou-se em atividades como caça e agricultura e divertiam-se
através do jogo, acompanhado de bebidas alcoólicas. A parcela da população com
melhores condições construiu grandes casas e passou a imitar o modo de viver
britânico, que conheciam através de revistas vindas da Europa.
A escravidão nessa região teve um caráter bastante opressor e era
passada entre as gerações. Os escravos trabalhavam em plantações de tabaco e
arroz, bem como nas casas dos seus senhores, e não possuíam nenhum tipo de
direito legal.
O processo de colonização da América recebeu fortemente influência da
Igreja Católica, tanto na defesa da colonização sob massacres e genocídios,
reconhecendo a desigualdade entre as raças para impor o poder, quanto na defesa
de uma colonização reconhecendo a dignidade, as diferentes identidades e tendo
a igualdade entre os homens para uma colonização mais humana. Tanto Sepúlveda
quanto Las Casas defendiam a colonização, porém com formas diferentes de
colonizar. A elaboração de Leis, em um modo complexo, foi inútil. O que
realmente interessava era o enriquecimento da Coroa, tendo em vista o latente
mercantilismo que se alastrava pela Europa.
Assim como hoje o imperialismo estigmatiza nações, também o colonialismo
seguiu a mesma ideologia preponderando sempre a forma do mais forte sobre o
mais fraco, como no capitalismo o capital se sobrepõe a qualquer poder o
mercantilismo – a forma primitiva do capitalismo – também não foi diferente, não
havia qualquer que fosse a ideologia que cessasse o massacre das civilizações.
O desrespeito com as leis e a impunidade é impregnado na América Latina como
legado cultural, pois nós brasileiros quem digamos.
#AquiSeAprende
51- Sobre o processo
de colonização da América Latina pelos europeus, assinale o que for correto.
01) Os países latino-americanos têm em comum o tipo de colonização
a que foram submetidos, a partir do século XVI, à chamada colonização de
exploração, cujo objetivo era atender aos interesses econômicos da metrópole.
02) O processo de colonização espanhola foi realizado de maneira
amena e pacífica, sendo consideradas e respeitadas as diferenças étnicas,
culturais e religiosas das populações nativas.
04) Ao organizarem o sistema colonial, baseado inicialmente na
exploração de ouro e prata, os espanhóis deslocaram grandes contingentes de
populações indígenas para o trabalho compulsório, o que comprometeu a produção
de alimentos, gerando fome e facilitando as conquistas.
08) A agressão da conquista espanhola e as transformações
econômicas e sociais impostas pelo sistema colonial desestruturaram o aparato
cultural e simbólico das populações nativas.
52– Um dos temas relevantes referente aos estudos sociológicos diz
respeito às questões étnicas. Sobre o assunto, assinale o que for correto.
01) Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida
por uma origem comum, afinidades linguísticas e culturais.
02) Por terem formas diferenciadas de agir, os grupos étnicos
vivem totalmente isolados do contexto social mais amplo.
04) Nos grupos étnicos, verifica-se um forte sentimento de
identidade e solidariedade grupal.
08) Os conceitos de Raça e de Etnia têm o mesmo significado.
53– A família, uma das mais importantes instituições sociais vem
sofrendo transformações em sua estrutura e dinâmica de atuação. Identifique os
fatores que contribuíram para essas mudanças e assinale o que for correto.
01) A industrialização que promoveu o afastamento e a maior
dispersão entre os membros da família.
02) A influência perniciosa dos meios de comunicação social que
negam e rejeitam os valores familiares tradicionais.
04) A disseminação das drogas entre os jovens e o aumento da
violência doméstica.
08) A urbanização e seus valores que
trouxeram mudanças nos hábitos e costumes familiares.
Fonte:
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/colonizacao-dos-estados-unidos
http://www.infoescola.com/historia/colonizacao-dos-estados-unidos-da-america/
http://bloghistoriacritica.blogspot.com.br/2010/03/igreja-catolica-na-colonizacao-da.html