domingo, 22 de fevereiro de 2015

Estudos e Teoriasda Comunicação

Comunicação - Princípios e Teorias
Parte I - Introdução à Comunicação

O que é comunicação
  • Meio de interagir socialmente?
  • Meio de criar laços afetivos entre pessoas e grupos?
  • Meio de expressão de sentimentos, pensamentos e outros?
  • Estratégia para exposição de ideologias?
  • A comunicação é um meio ou um fim?

Como se dá a comunicação?
  • Via tecnologia: telefone celular, internet, redes sociais;
  • Veículos de massa tradicionais: televisão, rádio, jornal impresso, revista;
  • Por meio da arte: música, poesia, artes plásticas,
  • De forma interpessoal: meio verbal (uso da linguagem falada ou escrita) e não verbal (postura corporal, gestos, movimento facial, vestimenta, comportamento).

A comunicação interpessoal é a base dos relacionamentos. Com o desenvolvimento tecnológico veio a possibilidade de comunicação em maior grupo, denominado massa, destinada a um grande número de pessoas. O que podemos observar na figura abaixo?




                             

Definição de Comunicação
Algumas delas: compartilhar, tornar comum, dialogar, trocar informações, dar e receber feedback.
A comunicação vai além do fornecimento de dados e informações. Ela indica “ação” (como numa via de mão dupla, onde há uma resposta).
Para Aristóteles, o objetivo da comunicação é persuadir, influenciar.
A oratória é a arte da persuasão por meio da palavra falada. Segundo os gregos, o político não só deve ter bons argumentos como deve, também, convencer seu auditório.
Campos de estudos da comunicação: funcionamento social, poder, conhecimento, política, democracia, economia, tecnologia, psicologia.

Comunicação em ação
Estudar o fenômeno da comunicação implica considerar a forma em que se estruturam, produzem e recepcionam os diferentes tipos de mensagens. Também se pode centrar no estudo das ideias e valores que circulam através dos meios e as relações de poder que se vinculam através deles.
Também se pode analisar as possibilidades de produzir, receber e de participação nas mensagens, conforme determinados grupos, classes e nacionalidades;
Além da reflexão acerca das tecnologias, a comunicação aborda o estudo e análise dos acessos e usos que se dão a essas ferramentas pelos distintos atores e setores sociais. 
A análise sobre a comunicação como fenômeno social data de tempos remotos. A sociedade é impensável sem comunicação e, como toda atividade humana, é uma prática completa e cheia de aspectos fascinantes.

A intensa atividade política na antiga Grécia obrigou a sistematizar o processo de comunicação. O objetivo: convencer o auditório. Em sua “Retórica”, Aristóteles define os componentes da comunicação:

Comunicação - Princípios e Teorias
Parte I - Introdução à Comunicação

O que é comunicação
  • Meio de interagir socialmente?
  • Meio de criar laços afetivos entre pessoas e grupos?
  • Meio de expressão de sentimentos, pensamentos e outros?
  • Estratégia para exposição de ideologias?
  • A comunicação é um meio ou um fim?

Como se dá a comunicação?
  • Via tecnologia: telefone celular, internet, redes sociais;
  • Veículos de massa tradicionais: televisão, rádio, jornal impresso, revista;
  • Por meio da arte: música, poesia, artes plásticas,
  • De forma interpessoal: meio verbal (uso da linguagem falada ou escrita) e não verbal (postura corporal, gestos, movimento facial, vestimenta, comportamento).

A comunicação interpessoal é a base dos relacionamentos. Com o desenvolvimento tecnológico veio a possibilidade de comunicação em maior grupo, denominado massa, destinada a um grande número de pessoas.  
O que podemos observar na figura abaixo?


                             

Definição de Comunicação
Algumas delas: compartilhar, tornar comum, dialogar, trocar informações, dar e receber feedback.
A comunicação vai além do fornecimento de dados e informações. Ela indica “ação” (como numa via de mão dupla, onde há uma resposta).
Para Aristóteles, o objetivo da comunicação é persuadir, influenciar.
A oratória é a arte da persuasão por meio da palavra falada. Segundo os gregos, o político não só deve ter bons argumentos como deve, também, convencer seu auditório.
Campos de estudos da comunicação: funcionamento social, poder, conhecimento, política, democracia, economia, tecnologia, psicologia.

Comunicação em ação
Estudar o fenômeno da comunicação implica considerar a forma em que se estruturam, produzem e recepcionam os diferentes tipos de mensagens. Também se pode centrar no estudo das ideias e valores que circulam através dos meios e as relações de poder que se vinculam através deles.
Também se pode analisar as possibilidades de produzir, receber e de participação nas mensagens, conforme determinados grupos, classes e nacionalidades;
Além da reflexão acerca das tecnologias, a comunicação aborda o estudo e análise dos acessos e usos que se dão a essas ferramentas pelos distintos atores e setores sociais. 
A análise sobre a comunicação como fenômeno social data de tempos remotos. A sociedade é impensável sem comunicação e, como toda atividade humana, é uma prática completa e cheia de aspectos fascinantes.
A intensa atividade política na antiga Grécia obrigou a sistematizar o processo de comunicação. O objetivo: convencer o auditório. Em sua “Retórica”, Aristóteles define os componentes da comunicação:

Orador: a pessoa que fala
Discurso: o conteúdo pronunciado
Auditório: a pessoa que escuta


Termos
Os termos “Comunicar” e “Comunicação” aparecem pela primeira vez na língua francesa na segunda metade do século XIV.
Em seu sentido básico, supõem uma ação comunitária de participar em comum, colocar em relação e remetem ao vocábulo latino “communicare”. Em inglês, são provenientes da raiz “communis”.
Ao se comunicar, as pessoas coparticipam, convivem. Na Idade Média adotou-se à ação de comunicar o sentido de “atuar em comum”.
A palavra “religião” tem um sentido parecido: vem do latim, “religare”, reunir, juntar.

Influências do capitalismo

O capitalismo comercial provocou mudanças no sentido “comunitário” da expressão. No século XV, os objetos de uso diário se tornam “mercadorias”, bens que se podem comprar e vender. E nesse contexto, a ideia de comunicação se translada a um objeto, torna-se algo que pode ser trocado, comercializado.
O capitalismo industrial, a partir do século XVII, e fundamentalmente do século XVIII, gera um crescimento nas fábricas, na produção e no consumo. O comércio cada vez maior de mercadorias requer o desenvolvimento de sistemas e canais eficazes para seu tráfego. 

Transmissão
O termo comunicar – originalmente ligado a ideia de compartilhar, participar em comum ou colocar em relação – se entende como transmissão de um ponto a outro. Este significado predomina no século XIX com o surgimento da prensa e logo, no século XX, com o surgimento de meios de comunicação massiva (ou de massa).
Meios de comunicação: rádio, televisão, jornais, revistas e outros, num processo unidirecional.

Teoria Matemática – Modelo de Shannon
A teoria matemática da informação foi desenvolvida em 1948, pelo engenheiro eletrotécnico e matemático Claude Elwood Shannon e Waren Weaver, com o desafio de encontrar uma maneira de comunicar a maior quantidade de mensagens com a menor interferência e o menor custo possível. A preocupação não é com a parte humana, e sim com a tecnológica.


Elementos da Comunicação no modelo de Shannon
Mensagem: se refere a palavra mesma, ou o sinal utilizado (falada, escrita);
Codificador ou emissor: aparato que transforma a informação em uma modulação física suscetível de ser transmitida por um canal. Por exemplo, o telefone transforma a voz em oscilações elétricas, quer dizer, cumpre a função das cordas vocais sobre a voz falada;
Canal: é o meio utilizado para transmitir o sinal desde o emissor ao receptor;
Decodificador ou receptor: efetua, geralmente, a operação inversa à realizada pelo emissor, decodificando o sinal para construir a mensagem (interpretação, compreensão da informação que lhe foi passada);
Destino ou destinatário: pessoa a quem chega a mensagem;
Ruído: qualquer fenômeno perturbador que venha a interferir na recepção.

Ruídos na comunicação
O ruído é a presença externa e aleatória de interferências que impedem a perfeita correspondência entre os polos na comunicação (emissor e receptor). À medida em que o ruído aumenta, a comunicação se torna menos eficaz. O conceito de comunicação é, portanto, oposto ao conceito de ruído.
A informação é a quantidade mínima de unidades que permitem ao receptor reconstruir a mensagem de maneira correta. Quanto mais clara a informação, menos elementos se necessitam para ser compreendida, e mais protegida contra os ruídos. O ruído causa distorções que podem comprometer a boa recepção da mensagem.

O modelo matemático de Shannon considera apenas os fatores técnicos da comunicação, não considerando os aspectos humanos envolvidos.


Feedback
Norbert Wiener (1894 – 1964) foi professor de Shannon. Ele trabalhou a noção de feedback em 1948, vendo o processo de comunicação pelo viés sociológico, ou seja, pelas condutas humanas e sociais, o que se distancia do esquema linear de Shannon.
O feedback implica naquilo que chega no final do processo de comunicação, que provoca uma reação no receptor. Esta reação também pode influir no polo emissor.
O esquema de Wiener surge de uma preocupação pelo funcionamento técnico das máquinas. Por isso, quando se transmite, a comunicação humana pode parecer algo abstrato.
Por exemplo numa briga: um fala alto, o outro responde alto também, e o primeiro aumenta ainda mais o tom de voz e assim sucessivamente (retroação positiva, onde ambos fazem o mesmo).
Em vez de elevar a voz, um deles poderia simplesmente reclamar, de forma educada ou pedir desculpas e não reagir elevando a voz, como o outro (retroação negativa).


Comunicação como processo social
Após analisar o modelo de Shannon, estudiosos americanos passaram a considerar o processo de comunicação social.
Levaram em conta: a palavra, o gesto, a mímica, o espaço físico, contexto, status e outros aspectos indissociáveis na comunicação.
Até mesmo em silêncio, comunica-se algo.
Esta conclusão partiu por volta dos anos 50 como resultado dos estudos de norte americanos em áreas interdisciplinares, como sociologia, psicologia, linguística, antropologia e matemática. 
Cada povo carrega sua própria cultura e suas regras de comunicação, o que foi notado pelo sociólogo Erving Goffman.
Ao chegar em outro país você nota que os costumes são diferentes. Como agir? Procura se inteirar para seguir os costumes ou mantém seus próprios hábitos, afinal você é um visitante? Você respeita os costumes e as tradições locais, pois você está na terra deles ou espera que eles sejam compreensivos com a sua cultura e que o permitam agir como se estivesse no seu país, de cultura e tradições diferentes?
Em que ou de que forma a diferença cultural pode interferir na comunicação entre duas pessoas de origens distintas? 

A Escola de Palo Alto
Goffman, sociólogo da corrente do interacionismo simbólico, estabelece as premissas para pensar a comunicação humana como uma interação, tendo em conta as regras e as estratégias do jogo.
Cada indivíduo pode querer manipular as regras para benefício próprio e construir um papel de si próprio que lhe permita impor uma melhor imagem. Cada um coloca em cena uma imagem de si, constrói um papel.
Surge a sociologia interacionista estudada na Escola de Palo Alto, na Califórnia, que considera a comunicação um processo integrador, indo além do modelo de comunicação simplesmente linear, pois comunicar é construir um sentido e criar interação. 

Indo além da comunicação interacional, e do modelo de Shannon, o pesquisador Yves Wikin leva em consideração as grandes estruturas sociais, classes e grupos determinados, relações de poder e a influência da mídia (meios massivos de comunicação).
Estes estudos abrem caminhos para questões como: os meios massivos têm poder para orientar ou provocar condutas e impor modas, ou, pelo contrário, expressam desejos, fantasias ou interesses já existentes no público? 
Um dos aspectos centrais dos estudos em comunicação consiste em indagar as relações entre sociedade e os meios de comunicação de massa.

As transformações sociais, políticas, econômicas e ideológicas que se verificam a partir da revolução industrial – e que se intensificam de maneira considerável na Europa e nos Estados Unidos, a partir da segunda metade do século XIX – dão lugar ao que se conhece como sociedade de massa.


Características da Sociedade de Massa
  • Expansão do sistema capitalista industrial;
  • Divisão e especialização do trabalho, maior demanda de trabalhadores e de qualificação profissional;
  • Expansão da alfabetização e criação de sistemas educacionais;
  • Complexidade das estruturas sociais;
  • Integração e desenvolvimento dos mercados e das cidades;
  • Crescimento da população;
  • Organização da ordem social (o indivíduo, a justiça social, o trabalho regulamentado, a igualdade); invenções tecnológicas permanentes.  

Comunicação de massa e sociedade
  • As grandes transformações econômicas criam condições para acesso progressivo de vastos setores da população aos direitos civis e políticos (como o direito ao voto e à educação).
  • O barateamento dos custos de produção e a alfabetização favorecem a distribuição massiva de bens culturais a um público ávido por consumir.
  • No final do século XX, crescem significativamente a circulação de periódicos (jornais e revistas), as edições populares de livros e as novelas impressas. Nasce, assim, a sociedade e a cultura de massa.
  • No começo da década de 1920, o rádio e o cinema se integram à vida de gente comum.    

 
PARTE II

Primeiros estudos sobre comunicação de massa e seus efeitos na sociedade
Publicidade, propagandas bélicas, campanhas eleitorais (anos 1920-1950)

Teoria de Umberto Eco – Apocalípticos e Integrados

Apocalípticos: Sentem nostalgia por uma época em que os valores culturais eram privilégio de uma classe. O condicionamento industrial que reproduz as expressões culturais, sustentam, é prejudicial. Seu olhar é desconfiado e conservador, por isso rechaçam qualquer modificação do que já existia e dirigem seus ataques à cultura de massa.

Integrados: Estes, segundo Umberto Eco, carecem de uma visão crítica: não se perguntam pelos interesses políticos e econômicos que sustentam as manifestações da cultura de massa (ou popular). Tão pouco indagam quem gera os produtos culturais e com que consequências. Pecam por certo “liberalismo cultural”. Supõem que a circulação livre e intensa é, em si, naturalmente boa e resulta em benefícios para a sociedade. 

Sociedade cultural
A cultura de massas é boa ou ruim? A cultura elitizada perdeu o seu valor?
Não seria melhor perguntar que ações e intervenções podem se dar para que os meios massivos de comunicação sejam veículos de valores positivos ao invés de simplesmente tentar barra-los ou julgá-los?
A cultura de massa é algo sem volta, tornou-se um produto industrial, direcionado a uma sociedade industrial que consome o produto cultura.

O Funcionalismo
A Primeira Guerra Mundial dá início a um grande processo de industrialização e desenvolvimento tecnológico nos Estados Unidos, incluindo o campo da comunicação, que proporciona trocas culturais, estudadas pela sociologia funcionalista.
Na década de 1920 se dão as primeiras transmissões de rádio, sendo, em pouco tempo, colocadas em atividade mais de 600 estações de rádios comerciais.
No período entre guerras o funcionalismo intensifica seus estudos sobre a forma com que determinados fenômenos sociais afetam o funcionamento, a adaptação e a adequação normal de um sistema social.
A partir de 1919, a publicidade se converte em um fator econômico fundamental. A produção de bens em grande escala reduz os preços, mas a manutenção da demanda a longo prazo obriga a gerar mecanismos de identificação por meio da publicidade.

Comunicação estratégica
A grande Depressão Econômica dos anos 1930, obriga ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt (1882-1945) a impulsionar uma reativação da sua política econômica e social. O plano era propor mais empregos e aumento aquisitivo para gerar maior consumo interno.
Reforçando a imagem de “país em pleno crescimento”, e contando com a população que acreditava nisso, cada vez mais pessoas foram apoiando sua política, favorecendo o plano em ação.
A opinião pública passa a ter papel fundamental. Para incentivá-la, são criadas estratégias de comunicação originais.
Uma estratégia publicitária e uma campanha eleitoral podem gerar, a curto prazo, modificações na conduta dos cidadãos, conforme estudos funcionalistas mostravam. 



Mass Communication Research
A corrente funcionalista aplicada à comunicação de massa, conhecida como Mass Communication Research, reúne um grupo de investigadores com o propósito de conhecer a influência dos meios de comunicação sobre os indivíduos e a sociedade.
Estuda a comunicação de massas com os métodos das ciências experimentais (análise empírica) empregados na sociologia americana.
Esta corrente assemelha o funcionamento da sociedade a um organismo vivo: afirmam que a sociedade é um organismo vivo, composto por partes independentes que se influenciam mutuamente para manter o equilíbrio e buscar a harmonia em caso de desequilíbrios. Desta corrente surgem expressões como “corpo social” e “célula básica da sociedade”.

O estudo dos efeitos visa:
  • u  Analisar de maneira exaustiva os efeitos que se pretende alcançar;
  • u  Conhecer as características específicas dos receptores-consumidores;
  • u  Estudar o desenvolvimento de mensagens apropriadas para que cheguem ao público e produzam os efeitos desejados
  • u  Medir resultados para retroalimentar o processo e melhorar as estratégias



O papel decisivo da propaganda
Harold Lasswell (1902-1978), um dos primeiros – e principais – investigadores da Mass Communication Research, afirma que durante a Primeira Guerra Mundial a propaganda havia tomado um papel decisivo, tanto nas situações de conflito como na moral dos exércitos. Em 1927 publica “Propaganda - técnicas no mundo da guerra”.
Assim como haviam percebido que a repetição das propagandas reforçava no consumidor a ideia e o hábito do consumo, a repetição de determinadas palavras se mostrou uma técnica eficiente na política. Por exemplo: usar repetidas vezes a palavra “progresso” tornava o discurso mais influente.

Psicologia conducista

A teoria de Lasswell se tornou conhecida como “injeção hipodérmica”, consistia de uma visão instrumental da comunicação e uma confiança cega na onipotência dos meios.
Era influenciada pela psicologia conducista, intenta analisar e conhecer os estímulos que produzem determinadas respostas nos indivíduos. Defende o emprego de procedimentos estritamente experimentais para estudar as condutas. 

A invasão marciana de Orson Welles
Como vistos, a comunicação parte de outras áreas, como antropologia, sociologia, psicologia e vai além, chegando no campo da ficção, como provou Orson Welles.
Na noite de 30 de outubro de 1938, o ator e diretor cinematográfico Orson Welles (de Cidadão Kane), aterroriza milhões de americanos. Inspirado na novela de ficção científica “A guerra dos mundos”, do filósofo e escritor inglês H. G. Wells (1866-1946), o relato radiofônico de Welles conseguiu confundir a população que, crendo que se tratava de um caso verídico, entrou em pânico.
Este caso emblemático reafirma a concepção da influência onipotente dos meios de comunicação de massa.


Teoria de Lasswell

  • Lasswell publica, em 1948, o artigo “Estrutura e função da comunicação na sociedade”.
  • Preocupado com as ameaças políticas que podem alterar a ordem social (o fascismo, o comunismo, o protesto social), estuda a eficácia na comunicação com o propósito de assegurar o controle social.
  • Segundo sua teoria, a comunicação cumpre 03 funções principais: A vigilância do entorno (levada a cabo pelos agentes da segurança e suas ameaças); é posta em relação entre os setores da sociedade (por parte do periodismo e dos líderes de opinião) e a transmissão da herança social, por parte da escola e da família.

Funcionalismo Estrutural
O funcionalismo comunicativo, desenvolvido por Robert K. Merton (1910-1989), se conhece também como funcional estrutural.
Segundo Merton, existe um certo grau de adequação, ou estabilidade, entre as instituições e os valores de uma sociedade.
Para fundamentar sua teoria, ele se apoia na distinção entre funções e disfunções:
As funções são as condutas que reforçam e asseguram o funcionamento e a estabilidade social. As disfunções, ao contrário, as alteram.
Exemplo: Campanha #partiuteste (quantos aderiram? Quantos tiveram alguma restrição em fazer o teste de AIDS no período de carnaval 2015?).
Merton ressalta, com insistência, o conceito de equilíbrio. Define qualquer alteração da ordem social como uma disfunção: circunstância potencialmente nociva para a ordem social. Como outros sociólogos funcionalistas, Merton vê nas mudanças sociais mais que uma possibilidade de melhora, uma ameaça.
Para Merton, com o mass media nasce uma nova era que potencializa as possibilidades de organizar e regular o funcionamento social.


 Segundo sua teoria, os meios de difusão de massa teriam as seguintes funções:
  • Concedem status hierárquico a pessoas e instituições que compartilham valores com o público, e os dotam de poder de sugestão;
  • Aglutinam os gostos, as atitudes e os valores da multidão;
  • Quanto mais ativas são as mensagens, mais passivos se tornam os receptores-consumidores;
  • O “líder de opinião” proporciona uma aparência de individualização em uma sociedade massificada e unificada.
Exemplo: queremos parecer únicos (personalizados) e ao mesmo tempo precisamos nos sentir pertencentes e aceitos por um grupo (identificação com iguais).

Teoria de Lazarsfeld
O sociólogo Paul Félix Lazarsfeld (1901-1976), sustenta em “As eleições acabaram” (1948), que os meios de comunicação e as campanhas eleitorais não influenciam diretamente sobre os votantes. As pessoas tendem a votar no candidato que prevalece em seu grupo social primário e não no qual aparece mais na mídia. Para Lazarsfeld, pessoas votam influenciadas pelos seus grupos sociais (família, igreja, clube social), o que o permite montar o seguinte esquema de influências: 


u  Segundo Klapper, a comunicação de massa não é causa única e suficiente para determinar a influência, mas sim cooperam e reforçam tendências existentes.

Teoria de Kapler
Joseph Klapper trabalha, em 1948, com os efeitos da comunicação de massa e posteriormente difunde a ideia de que não são exclusivamente os conteúdos dos meios e sim os chamados intermediários que determinam as influências.
Estes fatores são qualidades do receptor:
ü  Predisposições de suas atitudes;
ü  Seu interesse subjetivo;
ü   Seu grupo social;
ü  Os líderes de grupos mais informados, entre outros.  

Desejos e necessidades
ü  Phillip Kotler diz que, o Marketing não cria a necessidade. Mas este parece ser o objetivo da propaganda, criar no consumidor a atitude de compra. E então?



Pesquisa – Investigação Administrada
ü  Tudo em comunicação se dá por meio de “Pesquisa”.
ü  O objetivo do Mass Communication Research é satisfazer as exigências de quem demanda e financia as investigações:
ü  “Quero saber quantas pessoas ouvem meu programa e do que eles gostam”;
ü  “Meus anunciantes querem saber quantos são os ouvintes e a que grupo social pertencem”;
ü  “Preciso saber qual a eficácia da minha campanha eleitoral”;
ü  “Pagaremos por uma pesquisa para saber qual a melhor forma de persuadir aos eleitores para que não se gerem distúrbios”.

 Agenda Setting
  • Poucos anos mais tarde, ainda dentro da corrente funcionalista, se desenvolve uma contracorrente – conhecida como agenda setting sobre os problemas dos efeitos.
  • Ao contrário do modelo da “agulha hipodérmica” que plantava influências concretas a curto prazo, a agenda setting sustentava que os meios de comunicação de massa produzem efeitos a longo prazo: organizam a forma como se percebe o mundo. Suas hipóteses:
  • Os meios não dizem às pessoas como elas devem pensar, e sim sobre quais temas. Estabelece os assuntos, os argumentos, os problemas sobre os quais fala a opinião pública.
  • Os meios estabelecem uma hierarquia de importância em que são discutidos os temas. 


As agendas temáticas dos meios de comunicação partem de uma investigação empírica, ou seja, de pesquisa de campo para saber quais assuntos mais interessam à população.
O resultado das pesquisas indicam as representações da realidade. Contudo, o mero ato de publicar uma notícia, não implica em sua integração no círculo de temas de discussão do público.
A investigação levada a cabo pela agenda setting mantém as preferências quantitativas da população. Neste caso, sua preocupação é medir a capacidade dos distintos meios de encontrar e instalar temas de interesse público.

 A agenda temática varia sobre:
  • Os temas: temas fáceis de se assimilar, outros mais complexos;
  • A audiência: pessoas que têm uma experiência direta sobre o tema que se trata são menos influenciáveis;
  • Consideram a credibilidade do meio, seu impacto quantitativo, suas fontes de informação e o contexto social.
  • Os pesquisadores medem o nível de profundidade em que se instala cada tema. Não é a mesma opinião da audiência, suas posições a respeito podem ser diferentes (uma coisa é a opinião pública, outra é o resultado das investigações devido a influência sofrida pelo público).  


PARTE III - ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO

A ESCOLA DE FRANKFURT



Planejamento de Campanha (aulas 1 e 2)

Curso: Publicidade e Propaganda
Disciplina: Planejamento de Campanha
Turma: 6º Semestre
Tema da aula: Definição de campanha e planejamento
Data: 23 de fevereiro de 2015
Professora: Talita Godoy


INTRODUÇÃO

Publicidade e Propaganda não é só criação. Antes mesmo de criar, há uma longa série de atividades que vão ocupar seu tempo até que o planejamento da campanha esteja pronto. Só então vem a parte mais interessante, para a maioria dos publicitários, que é a criação.
Conforme o porte da agência, um elabora e o outro executa, um vai pesquisar e o outro vai decidir. Mas há casos em que, especialmente nas agências menores, o publicitário tenha que fazer tudo isso, é bom estar preparado! Além desse aspecto, é sempre bom que os seus conhecimentos sejam amplos, é sempre bom estar atualizado e por dentro de tudo que envolve uma campanha. Vamos à obra?!

Definição de campanha publicitária

É o conjunto de peças, ou anúncios, utilizadas em diversos canais de comunicação, para a divulgação de determinado produto, serviço, ideia ou marca (institucional).

A campanha pode se desenvolver por canais de comunicação de massa (rádio, televisão, jornais, revistas, internet) ou de forma segmentada (e-mail marketing, mala direta via correio, telemarketing).

A escolha não é aleatória. Tudo depende do público, do alcance dos meios de comunicação, dos custos, e, acima de tudo, das pesquisas realizadas para indicar o melhor caminho a seguir.

A partir da pesquisa de mercado se dá início ao planejamento da campanha, que também pode incluir, além dos anúncios, ações para promoção de vendas e merchandising, como degustação nos pontos de vendas, distribuição de brindes, sorteios, shows, desfiles, concursos e diversos outros meios.

O planejamento da campanha prevê o uso desses meios combinados entre si, mantendo sempre a identidade do produto (ou marca), ou seja, mesmo que seja anunciado em canais diferentes, a mensagem deve ser alinhada, coerente, respeitando a linguagem apropriada para cada meio, mas sustentando a mesma informação, tanto na forma do seu texto como da sua imagem. Esta integração proporciona uma unidade que é logo percebida pelo público, por isso deve ser mantida.

O orçamento é um ponto importante a ser analisado, mas não é motivo para que não haja planejamento e execução de uma campanha. Hoje em dia, existem diversos meios de se propagar algo, portanto até o boca a boca pode ser usado num planejamento como estratégia de comunicação. Tudo depende do conhecimento e da criatividade de quem vai elaborar a campanha. Quanto maior o cliente, maior o potencial de divulgação.     

A finalidade do anúncio é levar ao ato de compra, aquisição, à uma tomada de atitude pelo que se oferece, seja um bem, uma ideia, um serviço ou empatia pela marca anunciada. A comunicação requer influência na atitude do público.

Par tanto ele deve ser cuidadosamente elaborado, levando diversos pontos em conta. Por incluir a linguagem verbal e não verbal, o anúncio faz uma combinação de cores, palavras e sons que reforçam a mensagem a ser transmitida. Pelo fato de que cada pessoa tem maior atenção voltada a diferentes canais sensoriais, é importante variar na publicação de um anúncio, para que haja uma possibilidade maior de acerto da recepção da mensagem, por exemplo: se o indivíduo é mais visual, um bom texto que ele leia terá maior chance de chamar sua atenção do que um jingle. Ao contrário de quem é mais auditivo e não presta muita atenção no que lê, ao ouvir um ritmo com uma letra de música interessante, será mais favorável do que um texto impresso. Já para quem assiste a um comercial com um bom texto, um bom jingle, o apelo é ainda maior, pois a combinação de som, imagem e texto agrada a uma boa parte do público-alvo. Estamos numa era em que a imagem diz muito e a combinação adequada proporcionará ao anúncio um potencial grande para a sua aceitação, desde que bem elaborada.

O anúncio publicitário normalmente é composto por um texto específico - definido como gênero textual - cuja finalidade é divulgar e promover determinado bem ao público. Sendo destinado a um público específico, é essencial que se conheça a quem ele será dirigido, para que se utilize a linguagem mais adequada a ele, ou seja, deve ser adaptada de acordo com o perfil do público.

Sendo assim, é primordial que o publicitário tenha domínio da Língua Portuguesa e dos diversos recursos técnicos que ela oferece. São alguns deles:

·         As figuras de linguagem (metáforas, prosopopeia e outras)
·         Onomatopeias (sons que se parecem com outra pessoa, objeto etc)
·         Ambiguidade (duplo sentido)
·         Verbos no imperativo
·         Variedades linguísticas (palavras da moda, gírias, linguagem técnica e outras)
·         Estrangeirismos
·         Ironia
·         Humor
·         Informativos
·         Efeitos sonoros
·         Combinação de cores
·         Imagens e outros recursos.

Obs: Prosopopeia - dar sentimentos humanos e palavras a seres inanimados, a animais, e personificação, por exemplo.

Por falar em perfil do público, são diversos os meios de defini-lo. Ele pode se interessar por televisão, rádio, jornal, revista, internet, se classificam por idade, gênero masculino ou feminino, classe social ou econômica e outros aspectos. Cada campanha deve seguir as especificidades do seu público-alvo.

A peça publicitária é cada elemento produzido para uma campanha publicitária ou promoção de vendas. Entre elas estão:

·         Comercial de televisão (filme)
·         Spot para rádio
·         Jingle
·         Outdoor
·         Cartaz
·         Cartazete
·         Folder
·         Flyer
·         Letreiro
·         Banner (físico e virtual)
·         Encarte para jornais e revistas
·         Bandeirola
·         Display
·         Broadside
·         Brindes
·         Podcast
·         Material para merchandising



O site Wikpédia traz uma importante consideração, encontrada também nos principais livros de comunicação a respeito dos termos publicidade e propaganda:
"Em Portugal o termo publicidade é usado diversas vezes como sinônimo de propaganda ou para representar a atividade realizada por uma agência de propaganda.
No Brasil também existe confusão entre os termos propaganda e publicidade por um problema de tradução dos originais de outros idiomas, especificamente os da língua inglesa. As traduções dentro da área de negócios, administração e marketing utilizam propaganda para o termo em inglês advertising e publicidade para o termo em inglês publicity. O termo "publicidade" refere-se exclusivamente à propaganda de cunho comercial. É uma comunicação de caráter persuasivo que visa defender os interesses econômicos de uma indústria ou empresa. Já a "propaganda" tem um significado mais amplo, pois refere-se a qualquer tipo de comunicação ideológica (as campanhas eleitorais são um exemplo, no campo dos interesses políticos). Para termos mais segurança com as definições, precisamos recorrer à Lei 4.680, que regula a profissão.
Segundo a Lei, "Art. 5º - Considera-se propaganda qualquer forma remunerada de difusão de ideias, mercadorias, produtos ou serviços, por parte de um anunciante identificado."
Art. 7º - Os serviços de propaganda serão prestados pela Agência mediante contratação, verbal ou escrita, de honorários e reembolso das despesas previamente autorizadas (revogado pelo Decreto nº 2.262 de 26/06/97).
VIII - A ideia utilizada na propaganda é, presumidamente, da Agência, não podendo ser explorada por outrem, sem que aquela, pela exploração, receba a remuneração justa, ressalvando o disposto no Art. 454, da Consolidação das Leis do Trabalho.
I. A Propaganda é a técnica de criar opinião pública favorável a um determinado produto, serviço, instituição ou ideia, visando orientar o comportamento humano das massas num determinado sentido.
Etimologicamente propaganda se refere ao ato de propagar, seja algo abstrato como uma ideia, seja algo concreto como um produto. Já publicidade é tornar público, o que só é possível através da propaganda".

Na sequência das aulas veremos a questão do Briefing, da pesquisa com o público-alvo, definição de planejamento, suas etapas e a criação. Depois de tudo, veremos algumas formas de apresentar sua campanha ao cliente. Será que ele vai se interessar???





PARTE II

Curso: Publicidade e Propaganda
Disciplina: Planejamento de Campanha
Turma: 6º Semestre
Tema da aula: Definição de planejamento; primeiros passos
Data: 2 de março de 2015
Professora: Talita Godoy


Introdução


A palavra principal que gera todo trabalho em comunicação é “pesquisa”. A partir de muito estudo, análises e verificações, é que o profissional de comunicação pode dar sequência ao seu projeto. Sendo assim, nada de “achômetro”, além de muita vontade, talento e criatividade, é preciso utilizar as técnicas com consistência para apoio do que vem a seguir. Planejamento é o primeiro passo.

Campanha e Planejamento

Algumas semanas antes de entrar em férias, o que você faz? Verifica na sua gaveta de sonhos para qual lugar gostaria de passar aquela temporada de descanso, longe da cidade, do trabalho, dos chefes e professores, correto?! Em seguida verifica os roteiros oferecidos pelas agências de viagem e, além do destino ideal, passa os olhos pelas tabelas de preços. O que é possível fazer com o seu dinheiro disponível? Miami ou Praia Grande?

Então começa o planejamento, até tudo esteja de acordo e seja possível concretizá-lo. Ninguém faz um plano para não executar, afinal, tudo partiu de uma longa pesquisa, comparação de preços, vantagens e desvantagens e outros pontos importantes. Aliás, cada detalhe se torna importante e deve ser verificado com atenção. Você se torna o planejador e não vê a hora de realizar colocar seu planejamento em prática. Por fim, dará tudo certo.

O mesmo acontece no meio profissional da comunicação. Antes vamos rever algumas definições:

Planejar: fazer um esboço de um projeto ou obra.
Planejamento: Ato ou efeito de planejar. Preparação de um trabalho, estabelecendo tarefas, prazos e métodos. Produto dessa preparação.

O sumário de um planejamento estratégico, visa organizar as ideias de modo sistemático, portanto dentro das Normas ABNT, para que tudo esteja padronizado, de forma que sua interpretação seja possível a qualquer um que tenha contato com o trabalho apresentado. Sendo assim, parece complicado no início, mas a ideia é simplificar a comunicação no seu feedback.

Um modelo de sumário (que pode ser entendido como um resumo do conteúdo apresentado num planejamento de campanha), pode seguir os seguintes tópicos:


Capa / Título (nome da campanha, do cliente, da agência, logotipo)


1.   INTRODUÇÃO
Pequeno texto introdutório com o tema, a problemática, objetivos, metodologia, referências teóricas de base para aquele projeto, resumo dos capítulos que virão na sequência.
PARTE I ANÁLISE DO CENÁRIO
SITUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO AMBIENTE MERCADOLÓGICO
2 AMBIENTE EXTERNO
Diz respeito aos aspectos mais importantes que acontecem externamente à empresa.
2.1 Macroambiente
Ambiente físico, geográfico e natural; ambiente demográfico; político; econômico; legislativo; tecnológico; social; cultural; abordagem de outros assuntos relacionados ao tema.
2.2 Mercado-alvo
Recorte do macroambiente onde se encontra o consumidor/usuário do benefício ofertado pela organização; trata-se de um estudo da satisfação da necessidade. Não se deve confundir com público-alvo da comunicação.
2.3 Microambiente
Também chamado de “análise do setor”, ainda faz parte do ambiente externo da empresa, mas está relacionado principalmente com os seus fornecedores, distribuidores e concorrentes (diretos e indiretos)
3 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO
Histórico, portfólio de produtos, preços, sistemas de distribuição, força de vendas, diferenciais. A maioria das informações podem ser obtidas a partir do “briefing”.
4 ANÁLISE SWOT
Forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da organização
5 INTERPRETAÇÃO - DIAGNÓSTICO
Fechamento e conclusão da análise teórica, destacando os pontos que servirão de base para a conclusão do projeto que será desenvolvido na próxima fase.
PARTE II
PLANO DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING
5 MISSÃO, VISÃO E VALORES
Antes de desenvolver a comunicação de uma organização, é importante conhecer sua filosofia que irá nortear o planejamento da comunicação.
7 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING
Descrever os objetivos e estratégias que foram planejadas pelo sistema de Marketing da empresa.
8 OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
Num projeto de comunicação de Marketing, a comunicação colocará suas ferramentas à disposição da organização para atingir suas metas, portanto é interessante descrever:
8.1 Problema de comunicação
8.2 Objetivos de comunicação
3.3 Descrição do Público-alvo (importante para adequação da linguagem)
8.4 Estratégias de comunicação: com base no MIX de comunicação
8.5 Plano de ação ou táticas de comunicação: descrever quais deverão ser as ações realizadas em cada uma das estratégias.  
9 POSICIONAMENTO – O QUE COMUNICAR
Descrever o posicionamento do produto/serviço/marca perante o mercado para que todos os envolvidos consigam entender como a organização pretende ser percebida.  
10 CRIAÇÃO
Apresentar os materiais que serão utilizados na campanha de comunicação e sua defesa. Para tanto, apresente:
10.1 problema que a comunicação pretende resolver (novamente)
10.2 Objetivo da criação (novamente)
10.3 Descrição sucinta do público-alvo
10.4 Posicionamento pretendido (resumo do item 9, com uma promessa básica, justificativa da promessa básica e atributos complementares à imagem desejada)
10.5 Conceito criativo
10.6 Tema
10.7 Abordagem da campanha
10.8 Slogan / Assinatura
10.9 Descrição e apresentação das peças
10.10 Defesa das peças
11 MEIOS PLANEJADOS PARA A DIFUSÃO DA COMUNICAÇÃO
Apresentar a amplitude da campanha ao descrever:
11.1 Objetivo de mídia
11.2 Estratégias de mídia
11.3 Justificativas dos meios
11.4 Táticas de mídia
11.5 Programação de mídia
12 VERBA DO CLIENTE E ORÇAMENTO DA CAMPANHA
Determinação do investimento necessário. Discrição das verbas de veiculação, produção, ponto de venda etc., por veículo e por peça, e investimento total.
13 VIABILIDADE ECONÔMICA
Apresentar as negociações, descontos, prazos de pagamento e formas de capação financeira para investimentos na campanha.
14 CRONOGRAMA DE AÇÕES E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE
Determinação dos sistemas ou métodos de avaliação dos resultados da campanha de comunicação.
15 REFERÊNCIAS
Referências Bibliográficas, digitais, periódicos e outros materiais consultados
16 LITERATURA CONSULTADA
Outros materiais, não citados oficialmente
17 APÊNDICE
Colocar os materiais desenvolvidos pelo grupo, e que não constam no corpo do trabalho, por exemplo:
17.1 Briefing
17.2 Pesquisas em fontes primárias
17.3 Relatórios
17.4 Entrevistas
17.5 Análises
17.6 Textos, esboços, roteiros, das peças criadas
17.8 Outros assuntos relacionados à campanha
18 ANEXOS
Materiais coletados desenvolvidos por outros (pesquisa pronta) que sejam importantes, e que também não entraram no corpo do trabalho. Por exemplo:
18.1 Pesquisas
18.2 Leis e regulamentações
18.3 Outros assuntos relacionados à campanha

    

Este é apenas um modelo que serve de exemplo para as diversas formas de se compor um planejamento de campanha.
Alguns pontos podem ser desenvolvidos simultaneamente pela equipe, distribuídos para cada membro do grupo. Enquanto um adianta uma parte da pesquisa, o outro pode começar a pensar na criação, por exemplo, desde que tudo esteja adequado conforme as respostas que as pesquisas trarão.

Como se pode notar, a primeira parte do planejamento se refere à análise e espera-se o uso de um referencial teórico, uma metodologia e uma conclusão, ainda que prévia, ou momentânea.  

A segunda parte se refere às ações que deverão ser tomadas, em consideração à parte I.

Se observar bem, a maioria dos itens já são conhecidos de outras disciplinas estudadas nos eu curso, basta rever o material anterior ao semestre vigente e recorrer aos livros da biblioteca, ou mesmo às consultas virtuais, para ampliar seus conhecimentos, retomar ou adquirir novas informações que veremos com mais detalhes nas aulas seguintes.

O desafio para este semestre é a elaboração de dois planejamentos de campanha, que serão descritos nas aulas. Como combinamos na aula anterior, haverá tempo suficiente nos horários de aula para que o projeto progrida, com orientação da sua professora, e prática para tudo o que for necessário, inclusive elaboração e desenvolvimento das pesquisas de campo.

Para isso cada grupo deve participar das aulas, expor suas ideias, tirar as dúvidas e acompanhar as orientações em sala que serão dirigidas a todos.

Vale ressaltar que outros modelos poderão ser apresentados nas aulas seguintes, visando facilitar a compreensão e proporcionar maior praticidade aos grupos.  

Estejam atentos, pois este é só o começo do semestre que nos aguarda!!!


Bons estudos!


Profª Talita Godoy