Apresentação:
Este é um pequeno manual para os alunos do 5º e 6º semestre que estão se aventurando na produção do seu primeiro (mini) atigo científico. Boa leitura, e mãos à obra!
MEU PRIMEIRO ARTIGO
Nem todas as faculdades exigem
a produção de artigo científico pelos seus alunos, o que considero uma pena. A
atividade proporciona momentos raros de leitura que, sem essa obrigação,
normalmente os alunos não fazem, pois exige maior concentração, busca por
aquele parágrafo que diz muito, outras referências sobre o mesmo tema, e causa
uma sede por conhecimento que cresce à medida em que nos esforçamos para compreender
o que lemos com a finalidade de produzir um novo texto a partir das leituras
feitas.
No começo é penoso, ou porque
nos empolgamos tanto com as leituras que nem queremos parar para escrever os
primeiros parágrafos, ou porque não fazemos ideia de “por onde começar”.
O que recomendo é simples:
leia um, dois ou três autores sobre o mesmo tema. Não tudo, alguns capítulos ou
páginas que vão direto ao assunto que se está pesquisando. Selecione os
parágrafos que passam a ideia principal daquele autor sobre o tema. Se for
mesmo usar, de forma direta ou indireta – e já explico a diferença – é bom
digitar o trecho e a referência. Tudo dentro das normas ABNT para produção
científica.
Depois dessa primeira “triagem”
nas leituras feitas, penso no que entendi e como poderia reproduzir o
pensamento dos autores “sem copiar”. Já falo sobre isso também.
Como se eu fosse contar o que
li e entendi para outra pessoa, começo o processo de escrita. As primeiras
linhas podem parecer meio soltas, sem introdução, mas volto depois e ajeito
isso tudo. O importante é começar a pôr no papel e depois organizo. Outra
técnica é usar o parágrafo ou frase do autor citado e em seguida desenvolver
meu texto sobre, como se estivesse comentando com o leitor o que acabei de ler
daquele autor. Para começar, dá certo. Mas...um artigo não começa pela citação direta, preciso antes contextualizar o tema.
É importante deixar bem
claro o que é citação de outro autor, o que é texto meu. Quando leio o que um
aluno escreve sem citações, fico na dúvida se o texto foi integralmente copiado
ou o quanto ele realmente desenvolveu. Não que eles não sejam capazes, mas é
estranho nunca terem feito, e sei que no começo é complicado, e de repente eis
que surge um texto de cinco páginas, ou quatro, ou três, duas, uma.
Não tem problema citar os
autores, aliás, deve ser feito, desde que tudo esteja de acordo com as regras da escrita acadêmica e
com referências no final do texto.
Seguem alguns exemplos de
citações:
Exemplo 1 – Citação direta,
com até 03 linhas:
Os meios dão suporte uns aos
outros, e, atualmente, todos acabam convergindo para a internet ou buscando
nela sua fonte para criar novo conteúdo: “longe de terem usurpado o lugar
social dessas formas de cultura, os meios de comunicação foram crescentemente
se transformando em seus aliados íntimos” (SANTAELLA, 2002, pág.52).
Note que a citação com até 03
linhas segue normalmente dentro do texto, distinguindo-se pelo uso de aspas na
fala do autor citado, no caso Lúcia Santaella.
Já no exemplo abaixo, o texto do
autor citado tem mais de 03 linhas, por isso segue outra regra da ABNT: recuso
de 4cm à direita, letra menor do que o texto vinha seguindo (era fonte 12,
agora passa no trecho citado a ser 10, o recuo das linhas é retirado) e não
precisa de aspas:
Cada um desenvolvendo sua própria linguagem e estilo. O que é fato
em um pode vir a ser o assunto de outro, ampliando a visibilidade do artista,
da arte e da cultura:
Uma das mais comuns e antigas formas de expressão cultural é a
música. Ela encontra na oralidade, e, posteriormente no rádio, seus primeiros
propagadores. Mas não foi apenas com o veículo rádio que a música se
popularizou, tornando seus intérpretes e compositores conhecidos e queridos no
Brasil. Os festivais de televisão, promovidos no final dos anos 1960, deram aos
artistas grande visibilidade, revelando novos talentos que tornaram-se
inesquecíveis para a cultura nacional e internacional (GODOY, 2013, p.58).
Após a citação do
outro autor, continuo normalmente o meu texto, no parágrafo seguinte, retomando
a fonte tamanho 12, espaço entre as linhas de 1,5 cm e assim por diante.
Estes são os dois tipos mais comuns de citação, para
principiantes na escrita acadêmica é um bom começo.
Observe que, no final do texto, tenho que indicar as “referências”
de tudo o que usei no meu artigo. Se li, mas não usei no meu texto, não cito
nas referências. Se usei no meu texto, tenho que citar nas referências. É comum
aluno colocar mais de dez citações na referência e não ter usado no texto – não
pode. Use como regra o seguinte: fiz citação no texto, direta ou indireta, com
menos de 03 linhas ou mais de 03 linhas, coloco na página das referências.
A página de referências é separada do texto, vem logo após a última página do artigo (seu texto). Elas devem ser numeradas de forma simples, sempre à direita, no alto ou abaixo. A capa não leva número de página. Após a página de referências, podem vir apêndices e anexos.
As páginas do corpo do texto precisam ter margem esquerda e superior de 3cm, lateral direita e inferior com 2cm. Clique em "justificar" para manter o texto ajustado sem sobras entre as palavras. O espaço entre linhas tem 1,5cm e parágrafos duplos.
CITAÇÕES
São vários os formatos de citações possíveis: autores de
livros, artigos publicados em sites, reportagens de revistas e jornais,
monografias e artigos, entre outros. Também há casos em que um autor citou
outro. Ou autor que escreveu apenas um capítulo de livro cujo organizador é
outra pessoa. Como faço???
Seguem alguns exemplos de citação indireta, em que não se
coloca as palavras exatas do autor, apenas é feito uma espécie de comentário
sobre o que ele disse:
Faro (1999, p.32)
afirma que o jornalismo tem a capacidade e o dever de incorporar o cidadão no
processo social, sendo o jornalismo uma mercadoria associada ao padrão cultural
do leitor - então considerado o consumidor do produto notícia. Sendo assim, o
jornalismo não deve ser analisado apenas pelo aspecto técnico e sim como
atividade cultural, veículo em processo histórico-social de uma nação.
Vamos supor que o leitor do
seu artigo queira saber exatamente em qual obra FARO disse o que você disse que
ele afirmou. Então, ele vai na última página do seu artigo e lá estará FARO,
descrito nas referências que você usou no seu texto.
Antes, uma observação que conta
nos exemplos acima. Repare que se a citação é direta, o sobrenome do autor
sempre virá em letras maiúsculas. Se for uma citação indireta, apenas a
primeira letra virá grafada em maiúsculas, e o demais em minúsculas. Sempre com
parênteses indicando ao menos o ano, dependendo do tipo de citação.
Na citação direta, sempre
indicar entre parênteses: sobrenome em letras maiúsculas, ano da publicação e
página. Se o seu leitor quiser conferir a citação exata, ele irá no próprio
livro que você consultou e também encontrará a citação por inteiro (creio que
você usou apenas uma parte, mas se o seu leitor tiver interesse ele pode ler o
livro inteiro, se quiser).
Para isso servem as “referências”,
para que o seu leitor continue lendo e buscando, “bebendo na mesma fonte” que
você utilizou.
Assim, a pesquisa nunca se
esgota, sempre haverá um texto fazendo referência de outros e se multiplicando.
Pesquisar não é lindo???
O exemplo abaixo traz duas
citações, uma direta, com menos de 03 linhas, entre aspas, e outra, no final, indireta,
com o nome de outro autor, entre parênteses, co, letras minúsculas. Note que o
sobrenome “Buitoni” é usado duas vezes: na primeira com letras normais, só a
primeira maiúscula por ser um nome próprio, e a segunda em maiúsculas, por
estar no formato dentro de citação direta, entre parênteses, com letras
maiúsculas, ano e página, conforme a norma ABNT. Veja:
Buitoni (2009)
constata a inovação da revista Realidade para com o público feminino: “Os temas
apresentados nessa Realidade quase nunca surgiam nas páginas da imprensa
feminina” (BUITONI, 2009, p.105). A importância de se ter uma mulher com a
formação de Carmem da Silva atuante como uma espécie de orientadora de mulheres
está no fato de que a sociedade conta com os órgãos de imprensa para sua
formação de opinião e exercício de cidadania, como citado acima (Melo, 2006).
Outra citação indireta, com o sobrenome do autor em minúsculas,
e sempre seguido do ano de publicação entre parênteses:
Autores como
Vicchiatti (2005), fazem uma crítica ao exercício do jornalismo que já era uma
preocupação dos editores da revista Realidade, sair do senso comum procurando
tratar das questões polêmicas como uma mediadora que informava ao leitor, como
quem busca a raiz dos problemas.
Seguem alguns exemplos de
referências, apenas os mais simples como sendo um primeiro passo:
Exemplo
1 – Autor único de um livro:
ADAMI, Antonio. O Rádio com sotaque paulista. São Paulo: Mérito,
2014.
Exemplo 2 – Mais de um autor
de artigo publicado em site, congresso científico:
RONSINI, Veneza. A
perspectiva das mediações de Jesús Martin-Barbero (ou como sujar as mãos na
cozinha da pesquisa empírica de recepção). In: GT12 “Recepção, usos e Consumo Midiático”, do XIX Compós,
disponível em HTTP://compos.com.puc.rio.br/gt12_veneza_ronsini.pdf>
Consultado em
26/11/2011.
Exemplo
3 – Mais de duas referências do mesmo autor (não preciso repetir o nome, deixo
um traço, apenas):
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e
indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1998.
_______. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo:
Brasiliense, 2012.
Exemplo 4 - Autor de Dissertação de Mestrado publicado no
site da universidade:
Exemplo
5 – Artigo publicado em site:
MAIA, Monica. Realidade – a
que a censura destruiu. Revista
de Comunicação. São Paulo, 18 de out. 1989. Disponível em < http://www.revcom.com.br/rc/rc0.asp
> Acesso em 06/01/2011.
Exemplo 6 - capítulo de E-book (com 1 autor e com 2 autores - repare o uso de IN e dos organizadores - onde se usa "orgs"):
GODOY, T.F. Comunicação, cultura e política: um
estudo da edição especial da revista Realidade - 1967 in HELLER, B.; LONGHI,
C.R. (orgs.). Comunicação em tempos de midiatização. São Paulo: INTERCOM, 2013.
GODOY, T.F.; SANTOS, B.C. Revista Realidade – Marcas
de um sucesso editorial dos anos 1966/1967 in SANDE, M.F.; ADAMI, A.(orgs.). Panorama
da comunicação e dos meios no Brasil e na Espanha. São Paulo: INTERCOM, 2012.
Por regra, sempre se usa citar
o sobrenome do autor, nome (inteiro ou abreviado), nome da obra escrita por
ele, cidade onde foi publicado, seguido de dois pontos “:”, nome da editora, e
ano da publicação, como consta no exemplo 1.
Se houver mais de um autor,
segue a mesma regra, separando os nomes por “;” (ponto e vírgula). O nome do
livro pode vir em itálico ou negrito, dando maior destaque.
Sendo publicação de capítulo ou de artigo dentro de uma obra organizada por outro autor, cita-se os dados do autor do capítulo, com o seu título usa-se "in" (que significa "em", usado em Itálico sempre que for palavra estrangeira). Na sequência vem os dados da publicação livro. Artigo (cito os dados) dentro do livro (cito os dados).
No caso do E-book, ele pode ter o link ou não, por exemplo, se eu recebi por e-mail, não vou ter o site onde foi publicado ou divulgado, mas obrigatoriamente devo citar os demais dados, como no exemplo 6.
Se a referência estiver
publicada na internet, depois de todos os dados usa-se o termo “disponível em”
para indicar o site, que será literalmente copiado e colado entre o sinal “<
e >” no começo e no final, como que “salvando” o link para evitar que outra
letra sobre ou falte, o que poderia impedir a consulta, caso o leitor queira
acessar o link. Não é só isso, depois do link usa-se “consultado em....” e
coloca-se a data em que o pesquisador leu o texto na internet, pois ele pode
ser deletado um dia, e a data da consulta assegura que você, de fato, fez a
pesquisa antes de sua retirada do site.
Todos estes cuidados são
necessários para manter a pesquisa organizada e torna-la padronizada para
qualquer leitor do mundo identificar os mesmos itens, de acordo com as regras
da ABNT. Seguir a norma dá maior credibilidade ao seu texto!
Por isso, também, a
importância de não se copiar nada sem citar as referências. Texto de outro
autor tem dono, crie o seu de forma original, sem cópias ilícitas, o que
caracteriza plágio.
PLÁGIO
Plagiar é copiar sem
autorização ou sem dar o devido crédito a quem produziu o texto que você
consultou em sua pesquisa. Plágio é crime, pois um autor não pode simplesmente se apropriar da produção intelectual de outro autor. Seja competente e produza você mesmo, ou cite com referências, dentro das normas.
Se não souber como escrever com as suas palavras comentando o texto de outro autor, saiba que é questão de prática. Pense num diálogo: como você diria algo sobre o que leu sem ler! Grave, se achar útil, depois escreva e veja se ficou coerente, de acordo com o que pretende para o seu texto. Quanto mais você ler, melhor vai escrever. Mas precisa praticar. Peça ajuda ao seu professor quanto a isso.
Pesquisar não é copiar, nem
imprimir um monte de páginas e entregar ao professor. Isso é apenas uma pequena
parte do seu processo de pesquisa, a ninguém mais interessa, apenas o que você
produzir a partir das leituras que fez e do texto que você mesmo desenvolver,
com as suas próprias palavras.
O que pode e deve ser feito é intercalar suas palavras com as palavras de outros autores, usar um considerável número de citações, tanto de forma direta, como indireta,
tanto com menos de três linhas, como acima de três linhas. Lembra das regras?
APUD
Ainda em referências, há casos
de citação de citação, ou seja, Godoy usou o texto de Santaella. Não tenho acesso ao texto de SAntaella e por isso vou usar Godoy citando Santaella, pois preciso usar a frase ou o parágrafo que ela mencionou no
texto dela (Godoy), e que na verdade é de outro autor (de Santaella). Simples: uso o sobrenome do outro
autor, o ano em que a fala dele foi publicada, em seguida uso o temo APUD
(citado por), sobrenome que usei na minha pesquisa, ano e página. Tudo entre
parênteses - palavras estrangeiras sempre em ITÁLICO.
Veja como fica:
Texto, texto, texto da Talita Godoy onde
cita Lúcia Santaella...faço a citação, direta ou indireta e em seguida
referencio na norma....(SANTAELLA, 2010 apud GODOY, 2013, p.204).
NOTAS DE RODAPÉ
Elas são uma espécie de "parênteses", algo que complementa o que foi dito,mas sem interromper o leitor, sem sair da linha de raciocínio em que ele estava.
Por exemplo: minhas alunas do secretariado fizeram artigo sobre a profissão. Por costume usa-se "secretária", no feminino, mas seria errado fazer isso num artigo por discriminar o fato de que muitos homens trabalham hoje como secretários, assistentes, assessores. O certo, então, é justificar que naquele caso escolheu-se o uso do termo no feminino por ser uma profssão praticada, em sua maioria, por mulheres. Para não interropmper o assunto que era outro, não esse, algumas alunas usaram o recurso da Nota de Rodapé, incluindo na parte de abaixo da página, essa observação.
Outro exemplo é para quando se usa um texto extraído de um site e só aquela frase foi importante, não o resto do texto, ou seja, não quero incluir a referência na página de referências porque considero algo de menor importância, como se fosse apenas um detalhe. Cito o tal trecho, no final coloco entre parênteses o sobrenome do altor em letras maiúsculas, ano da publicação e site tal. Insiro no nome do site a Nota de Rodapé e abaixo do teto, no final da página escrevo: "Disponível em:" uso o símbolo < e > para "proteger o link, ou seja, digito o link de onde tirei a frase do autor e coloco entre < e >. Após ">" digito "Consultado em:" para indicar a data exata em que fiz minha consulta. Afinal, podem tirar o texto ou a imagem do site, não é? Desta forma garanto que minha pesquisa foi feita antes, caso o professor ou o leitor queriam consultar o link e não encontrem o conteúdo referido.
Para inserir uma nota de rodapé (que é raro precisar): Na página do Word convencional, vou em "REFERÊNCIAS" (sexto item da esquerdapara a direita), deixo o cursor parado logo junto à palavra que será referenciada (normalmente ultimapalavra da frase), procuro "INSERIR NOTA DE RODAPÉ" e clico nele. Vai aparecer um numero pequeno no alto da tal palavra. Por exemplo, no caso das minhas alunas seria a palavra "secretária", pois é para o uso dela que foi incluir uma nota de rodapé justificando o uso no gênero feminino, certo? Escrevi o texto e nesta palavra incluo a nota.
Automaticamente também aparecerá um numero pequeno, em fonte tamanho 10 na parte inferior da página. Ali escrevo o que pretendo, incluindo uma referência como a mencionada do site ou de uma imagem que inseri meramente para ilustrar, o que significa que não me debrucei naquilo para desvendar os mistérios da minha pesquisa... Só o que realmente usei como referência vai para a ultima página, e o que for de menor uso ou para justificar algo sem interromper o leitor, ou de fato um parênteses, por assim dizer, coloco em Nota de Rodapé.
Dúvidas sobre a produção do meu
primeiro artigo:
Precisa
de capa? Siga as instruções do seu professor. Normalmente artigo não tem capa, tem um modo específico
ser apresentado, mas cada professor vai orientar. No nosso caso escrevemos
apenas 05 páginas, foi pedido uma capinha, mas apenas para formalizar a entrega
do trabalho para a nota do segundo bimestre. Em geral, sigas as instruções do seu
professor.
Precisa
de sumário? Não, artigo científico não tem sumário nem capítulos. Pode ter subdivisões, intertítulos,
mas não precisa de sumário nem de numerações internas (somente numeração das
páginas).
Precisa
de resumo ou conclusão? Um artigo maior sim, mas como o nosso é o
primeiro, não precisa. Mas só dessa vez!
Precisa
de referências? Sim. SEMPRE!!!
De quantas referências estamos falando? Isso depende do pesquisador. Se o texto é grande, fica estranho ter uma ou duas referências. Ao contrário, se o texto é curto, fica estranho ter uma dúzia. Seja razoável e justo, se consultou menos do que 03 obras me parece muito pouco, mesmo para começar. E não apenas livros ou não apenas sites. O bom é variar sua fonte. Livros são considerados objetos sagrados para pesquisadores, especialmente se os autores forem conhecidos pela comunidade científica, dão respaldo e credibilidade a pesquisador, como dito adiante. mas a internet tem fontes atuais, artigos que são de fácil acesso e devem ser buscados. Mais cuidado com sites abertos, livres, em que qualquer pessoa fala o que quer, como entende. Eu mesma talvez não seja uma fonte adequada para outros alunos, pode não ser bem visto citar este texto numa pesquisa mais profunda por ser apenas um bate-papo nosso para simplificar o processo de sua compreensão. A não ser que o tema seja esse: dificuldade dos alunos em produzir um artigo acadêmico! Se fosse usar uma fonte para referência de Metodologia Científica, seria adequado usar também autores tradicionais, como Lakatos, Gil, Mattar e outros.
Precisa
diagramar o texto? De certa forma sim, ele deve ter fonte tamanho
12 no corpo do texto, espaço entre linhas de 1,5, margens esquerda e superior
de 3 cm; direita e inferior de 2 cm. Texto justificado (nada de caminho no meio
do mato, deve ficar reto nas margens direita e esquerda, obedecendo os parágrafos
e as quebras de página. A última página é reservada para as referências. Se
houver anexo ou apêndice, virão na sequência.
Se
usar imagem da internet, preciso citar a fonte? Sim, sempre.
Lingugem, posso usar "eu acho" no artigo? Não! Artigo é resultado de uma pesquisa onde não se usa termos dessa natureza e nem primeira ou terceira pessoa (Eu / Nós). Por padrão, jovens autores usam verbos neutros, numa linguagem apropriada, que não é rebuscada, é apenas característica do texto acadêmico. Procure ler alguns artigos para sentir a diferença. Por isso citamos outros autores tantas vezes, pois estamos nos baseando na palavra de autores de renome para afirmar algo de acordo com a teoria que foi desenvolvida por eles. É um passo a mais no nosso aprendizado, mostro o que pesquisei e o que encontrei como referência naquele assunto. O uso de autores importantes, de livros e artigos científicos, acrescentam credibilidade ao meu texto. Lendo a obra destea autores, vou adaptar minha linguagem ao texto acadêmico.
Posso
usar diagramas, quadros, planilhas e imagens no artigo? Sim,
tanto no corpo do texto como no final, em anexo e/ou apêndice. Nestes casos (apêndice - quando você elaborou) cite a fonte como de própria autoria, se foi você quem produziu, ou como fonte, cite as referências de onde você reproduziu (de onde copiou/tirou) as imagens. Se for adaptado, diga em
fonte: “adaptado de” e cite o autor.
São
quantas páginas, em média? Artigos científicos são produzidos com 15
páginas em média. Siga as orientações do seu professor. No nosso caso a proposta
foi de apenas 5 páginas, em média, por ser o seu primeiro artigo (brinquei no início que é um "mini" artigo, mas considero ótimo para começo).
Falta
me dizer alguma coisa? Sim, muita coisa. Mas o citado aqui serve para um bom começo.
Lembre-se das recomendações dadas em
sala de aula, consulte as normas ABNT sempre que tiver uma dúvida, pergunte,
leia outros artigos e arrisque-se. Só vai ficar bom se você começar, fizer antes diversas leituras, mostrar sua primeira página escrita ao professor e aos
colegas para, aos poucos, acertar o passo.
Sugiro começar pelo "Google Acadêmico". Digite o tema que deseja pesquisar e virão links de livros, artigos científicos, sites específicos e outros materiais importantes para dar início à sua pesquisa. Salve os links numa lista para consulta posterior, podem ser úteis.
Veja a página, é igual a do Google, mas o conteúdo que vem na pesquisa é específico para estudantes e pesquisadores:
No começo é complicado, não
apenas parece - é. Para vencer as barreiras leia o artigo de outros autores de
renome, busque informação e aventure-se. Logo você pega o jeito da escrita, que
não é a mesma coisa que escrever nada do que escreveu antes, e então ficará bem
mais fácil. Garanto a você!
Sabe do que mais? Você sentirá
seu progresso a ponto de ter orgulho do trabalho pronto.
Duvida???? Está lançado o desafio!
Boas leituras, boa pesquisa e
bom texto.
Talita Godoy
09/06/2015
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