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Curso: Gestão de Marketing
Turma: 2º Marketing
(Noturno)
Disciplina: Gestão
Estratégica de Marketing
Tema da Aula: Planejamento
Estratégico
Data: Outubro/2013
Data: Outubro/2013
Profª Talita Godoy
Planejamento Estratégico:
“Ato de planejar a estratégia, os meios para atingir os objetivos de
uma empresa, considerando-se determinado ambiente” (CASAS, 2011).
Estratégia:
Do grego, STRATEGOS, que
significa “a arte do general”.
“Plano para obter os melhores retornos dos recursos, a seleção do tipo
de negócio para se envolver e o esquema para deter uma posição favorável no
mundo dos negócios. É uma proposta para liderar com o mundo mutável dos
negócios” (Dan Thomas).
Segundo Kotler e Bloom (1998):
“Planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e
manter uma direção estratégica que alinhe as metas e os recursos da organização
com suas mutantes oportunidades de mercado”.
Características do Planejamento
Estratégico :
·
É um processo (que pode mudar)
·
Analisa os dados internos e externos
·
Orientação diretamente para os concorrentes em
vez de aos clientes
·
Ocorre em vários níveis
·
Processo multifuncional (estratégico; tático e
operacional)
Dimensões:
·
Estratégica: envolve toda a empresa
·
Tática: corresponde a cada função da empresa
·
Operacional: corresponde ao plano detalhado de
cada divisão
Definição da Missão
Corporativa:
Peter Druker sugere responder algumas perguntas para se elaborar a
missão da empresa:
·
Qual é o nosso negócio?
·
Quem é o consumidor?
·
Qual deve ser o nosso negócio?
Segundo Kotler (1998), cada missão da empresa é moldada por cinco
elementos:
·
História: seu passado, sua tradição;
·
Preferências atuais dos proprietários e da
administração;
·
Ambiente de mercado;
·
Recursos;
·
Competências distintivas.
Uma declaração de missão determina a razão de ser da empresa. Quando
bem preparada, proporciona aos funcionários da empresa um senso único de
propósito, direção e oportunidade. A declaração de missão da empresa atua como
uma “mão invisível” que orienta funcionários geograficamente dispersos a
trabalhar independentemente e, todavia, coletivamente para realizar as metas da
organização.
Exemplo de declaração de missão da Motorola:
“O propósito da Motorola é atender honoravelmente às necessidades da
comunidade fornecendo produtos e serviços de qualidade superior e preço; ao
fazer isso, procuramos obter o lucro adequado e necessário para o crescimento
da empresa, dando oportunidade para que nossos funcionários e acionistas
conquistem objetivos pessoais razoáveis”.
A declaração da missão responde o que a empresa realiza.
1.
Foca um número limitado de metas;
2. Destacam
as principais políticas e valores que a empresa deseja honrar;
3.
Definem os principais escopos de competências em
que a empresa operará (industrial, competências tecnológicas, escopo
geográfico, segmento de mercado e outros).
A declaração da missão fica ainda melhor quando orientada por uma
visão, que pode se definir por um “sonho impossível” que se pretende alcançar.
Exemplo de visão da Sony:
Seu ex-presidente, Akio Morita, desejava que cada indivíduo tivesse o
seu próprio acesso ao “som pessoal portátil”. Sua empresa criou o walkman e o aparelho de CD portátil.
Da mesma forma a declaração dos valores da empresa orientam seus
funcionários e demais stakeholders quanto
o seu modo de acreditar, pensar e agir de acordo com suas crenças, valores
éticos, política de atuação com seus stakeholders
e mercado, em geral.
Análise dos ambientes externo e interno:
A empresa deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing
para rastrear tendências e desenvolvimentos importantes. Para cada tendência ou
desenvolvimento, a administração precisa identificar as oportunidades e ameaças
associadas.
Por isso a organização dever ter elaborada a sua declaração de missão
para saber exatamente quais ambientes ela deve monitorar para atingir suas
metas. Alguns exemplos: taxa de crescimento dos seus clientes, sua situação
financeira, concorrentes atuais e novos, novas tecnologias, legislação que
possa afetar o negócio, canais de distribuição para venda e surgimento de novos
negócios.
É necessário monitorar as forças macroambientais:
·
Demográficas;
·
Econômicas;
·
Tecnológicas;
·
Políticas;
·
Legais;
·
Sociais e
·
Culturais.
Da mesma forma é necessário observar os atores microambientais:
·
Consumidores;
·
Concorrentes;
·
Canais de distribuição;
·
Fornecedores.
Todos eles afetam sua habilidade de obter lucro. Um importante
propósito da análise ambiental é detectar novas oportunidades de marketing.
Oportunidade de Marketing:
É uma área de necessidade do comprador em que a empresa pode atuar
rentavelmente.
Kotler aponta as oportunidades como sendo classificadas em dois
grupos: pela atratividade e pela probabilidade de sucesso. A probabilidade de
sucesso da empresa não depende apenas da força do seu negócio, das exigências
básicas para ser bem-sucedida em um mercado-alvo, mas também de suas
competências para superar seus concorrentes. A mera competência não constitui
uma vantagem competitiva. A empresa de melhor desempenho será aquela que pode
gerar o maior valor para o consumidor e sustentá-lo ao longo do tempo.
Ameaças:
Alguns desenvolvimentos do ambiente externo representam ameaças. Ameaça Ambiental é um desafio
decorrente de uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na
ausência de ação defensiva de marketing, a deterioração das vendas ou do lucro.
Para Kotler, as ameaças devem ser classificadas conforme seu grau de
relevância e probabilidade de ocorrência. Para lidar com ameaças com alta
probabilidade de ocorrência, a empresa deve preparar planos de contingência
para enfrentá-las antes ou durante suas ocorrências. Algumas, de menor
probabilidade podem ser ignoradas, porém sempre devem ser monitoradas, pois se
aumentarem, podem se tornar mais sérias.
Após análise das ameaças e oportunidades, chega-se a quatro resultados
possíveis:
1.
Um negócio ideal é alto em termos de
oportunidades e baixo em ameaças.
2. Um
negócio especulativo é alto tanto em termos de oportunidades como de ameaças.
3. Um
negócio maduro é baixo em termos de oportunidades e baixo em ameaças.
4.
Um negócio ariscado é baixo em termos de
oportunidades e alto em ameaças.
Análise do ambiente interno
(forças e fraquezas):
Uma coisa é identificar as oportunidades atraentes, outra é possuir as
competências necessárias para aproveitar bem as oportunidades. Assim, é
necessária a avaliação periódica das forças e fraquezas de cada negócio. Isso
pode ser feito usando-se formulários de checklist
para análise de desempenho de forças e fraquezas. A administração – ou uma
consultoria externa – avalia as competências de marketing, financeira, de
produção e organizacional do negócio e classifica os fatores em termos de força
(importante, sem importância e neutro) e de fraqueza (importante ou sem
importância).
Kotler ressalta que não é necessário corrigir todas as fraquezas do
negócio nem destacar suas forças. A grande questão é se o negócio deve ficar
limitado a essas oportunidades em que possui as forças exigidas ou se deve
adquirir forças para explorar outras oportunidades melhores.
Outra importante observação feita por Kotler é que muitas empresas não
vão mal porque faltam a seus departamentos forças necessárias, mas porque não
trabalham em equipe. Por exemplo: numa empresa de eletrônica industrial os
engenheiros veem os vendedores como “engenheiros frustrados”, e os vendedores
veem o pessoal de serviços como “vendedores frustrados”. É importante avaliar
os relacionamentos interdepartamentais como parte da auditoria ambiental
interna.
Definição de Metas:
Após a empresa ter elaborado sua missão, visão e valores, analisado o
ambiente externo e interno, é o momento de formular metas. Este estágio do
processo de planejamento estratégico do negócio é chamado de formulação de
metas.
Metas:
Objetivos específicos referentes a magnitude e tempo. Transformar
objetivos em metas mensuráveis facilita o planejamento, a implementação e o
controle. A maioria das unidades de negócios procura um composto de objetivos,
incluindo rentabilidade, crescimento de vendas, maior participação de mercado,
minimização de riscos, inovação, reputação e outros. Os objetivos devem ser
hierarquizados, do mais importante ao menos importante; Devem ser
quantitativamente declarados; as metas devem ser realistas e consistentes. Cada escolha, para cada conjunto de fatores,
exige uma estratégia de marketing diferente.
Estratégias:
As metas indicam o que uma unidade de negócio deseja atingir: a estratégia é um plano de como chegar
lá. Cada negócio deve estabelecer sua própria estratégia para atingir suas
metas. Embora muitos tipos de estratégias estejam disponíveis, Michel Porter
(1980) resumiu-as em três tipos genéricos que fornecem um bom ponto de partida
para o pensamento estratégico: liderança total em custos, diferenciação e foco.Plano de Marketing - composto por subplanos operacionais, que correspondem ao plano detalhado de cada divisão:
Marketing e as duas visões da entrega de valor:
FONTE:
FONTE:
KOTLER, Administração de Marketing, 1999.
LAS CASAS, Planejamento Estratégico, 2010.
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