domingo, 1 de março de 2015

Secretariado Executivo - Estilo Pessoal

Curso: Secretariado Executivo
Disciplina: Técnicas Secretariais, cerimonial e protocolo
Aula: 2 – 05/03/2015
Profª Talita Godoy

INTRODUÇÃO

Ao estudar um pouco de comunicação interpessoal, vimos que existem várias formas de se expressar, mesmo sem usar a linguagem falada, que se trata da linguagem não verbal. Por meio da vestimenta, do comportamento, das expressões faciais e gestuais ou mesmo com o silêncio, passamos algum tipo de mensagem. Será que nos damos conta disso a ponto de selecionar o que desejamos transmitir de forma pensada? Ou queremos algo e não percebemos que passamos uma outra mensagem, sem querer? Isso pode prejudicar ou comprometer o seu desempenho até mesmo numa entrevista de emprego quando não se verifica ao certo qual é o estilo da empresa e escolhemos um figurino inadequado com a cultura organizacional. Pequenos detalhes como este podem ser decisivos. É bom lembrar que apenas um currículo impecável não garante a vaga se, no processo seletivo, você errar na composição da sua aparência. Ela vai confirmar o que está escrito no papel, ou seja, vai atestar a sua competência por transparecer quem você é, inclusive na postura e na vestimenta. Para um profissional do Secretariado Executivo, esta é uma regra de conduta que deve ser observada e seguida.

ESTILO

Como se diz, cada um tem o seu, e não é preciso se descaracterizar. Cada personalidade pede um tipo de comportamento e de estilo próprio, mas é bom quando escolhemos uma profissão que seja adequada ao perfil. Veja o que diz a consultora de moda Glória Kalil, no livro “Chic” (pág. 12,13)

“O estilo está acima da moda. Usa suas ideias e sugestões sem aceita-las todas. Um homem ou mulher de estilo jamais modificam radicalmente seu jeito de se vestir em função da moda” (Giorgio Armani, estilista Italiano)

A moda, hoje, é o que a indústria e os estilistas propõem para uma estação ou um período de tempo. É um sistema de renovação permanente das maneiras de se vestir e de se comportar. Esse é um fenômeno relativamente novo na história da humanidade, se considerarmos a preocupação do homem com a roupa desde as cavernas. Prova de que foi possível viver muito tempo sem ela.

Até o final da Idade Média, por exemplo, uma vestimenta durava séculos. Com pequenas variações em função da posição social, de um enfeite ou outro, os egípcios, gregos e romanos usaram o mesmo tipo de túnica ao longo da antiguidade. Entre os medievais, a túnica com colante para os homens e o camisolão para as mulheres sobreviveram por centenas de anos. Só no final do século XIV, quando começa se reconhecer como indivíduo e não como um ser coletivo, cujo destino estava colado ao da comunidade, é que o homem sentiu maior necessidade de se diferenciar dos demais.

A partir daí a moda se tornou um sistema em que as mudanças passaram a ser aceitas e criadas como uma necessidade contínua de novas expressões. Até chegar ao exagero de hoje, quando ela muda suas propostas, no mínimo, duas vezes ao ano.

TER ESTILO

Diante de tantas e tão variadas ofertas da moda, o estilo entra e se impõe. Faz suas escolhas, elege alguns itens, dispensa outros. Seleciona, separa, organiza, até ficar com o que combina com os seus traços – resgata apenas aquilo que se parece com ele.  

Mas ter estilo não se resume ao mero ato de escolha. Tem de ser uma escolha proposital, informada, precisa. Senão, qualquer um teria estilo: “afinal, todos escolhem – de uma forma ou de outra – o que vão vestir, como vão se apresentar, sua maneira de viver...” – você poderá dizer. Ora, é justamente neste de uma forma ou de outra que está a diferença.

Quem tem estilo faz escolhas de uma forma consciente, coerente e sistemática, com o objetivo de ser visto exatamente como planejou. Mais do que o ato de escolher, quem tem estilo faz um depoimento de si mesmo, com toda nitidez. De longe dá para saber a que tribo pertence. O estilo manifesta sua identidade social e sinaliza para os outros de que modo você quer ser tratada.

SER CHIC

Quem está bem vestido, com gosto e originalidade, revela uma boa dose de auto estima. Ou seja, se me trato bem, os outros tenderão a fazer o mesmo: trate-se com elegância que o mundo responderá com elegância.

Quando você está confortável dentro de uma roupa, se ela demonstra com sutileza sua personalidade, a originalidade da escolha – ou até mesmo uma certa ousadia – você terá grandes chances de se sentir bem. E mais do que isto, você com certeza será considerada uma pessoa Chic. Mas atenção, vá até onde sua personalidade se mantiver intacta!

A MELHOR IMAGEM

Depois de uma olhada séria no espelho, você já ganhou coragem suficiente para investigar mais sobre sua imagem. Procure outros meios de tornar mais nítida sua visão. Vasculhe as fotografias e acabará achando aquelas que você colocaria sem problemas num porta-retratos. Saiba mais o porquê da preferência, e faça o mesmo com aquelas do fundo da caixa, que você gostaria de apagar para sempre. Tantos os vestígios indesejáveis...

E por último, se tiver oportunidade, procure saber como é a sua imagem em vídeo. Será uma experiência tão surpreendente que só pode ser comparada à primeira vez que ouvimos nossa voz na secretária eletrônica e reagimos, quase indignados: “eu não tenho essa voz!”.

A imagem gravada é fatal. Está tudo lá: o jeito de andar, os vícios de postura, os melhores e piores ângulos, para disfarçar o nariz pontudo, a elegância de um gesto, o cabelo que ficou bem... Serão pistas valiosas para a tarefa de construir o próprio estilo! Grave essas impressões. Guarde-as bem.
Olhe-se no espelho. Não há ninguém no mundo como você. Por ais que se pareça com alguém, mesmo uma irmã gêmea, há traços de personalidade e até pequenos detalhes físicos que fazem de você diferente. Única.


O JOGO DAS PROPORÇÕES

Corpo longo, perna curta, quadril pesado, muito busto, braço fino, muita altura, pouca altura, tornozelo grosso, ombro caído... Não importa qual o seu problema, aprenda a entrar no jogo das proporções e descobrir o caminho das peças ideais para o seu tipo físico.

Aprenda a conjugar os verbos: alongar, esticar, esconder, diminuir, aumentar. E assim, você poderá realçar, adaptar, melhorar, e vencer este jogo de armar um tipo para você!

As regras básicas são bastante simples:

O curto deve alongar;
O longo deve esticar para os ados;
O estreito pede mais volume;
O avantajado precisa esconder-se.

Por mais que isso soe como óbvio, saiba que estão aí os erros mais frequentes no modo das pessoas se vestirem – nas ruas, nas festas e na televisão. É só olhar.

Depois de identificar seu tipo, você estará pronta para estabelecer as primeiras linhas de ação: o que você precisa alongar, encurtar, esconder? Que partes estão bem proporcionadas e devem ser realçadas? Afinal, qual é o meu maior triunfo? Basta olhar-se para obter todas as respostas.

Uma mesma peça não pode estra no guarda-roupa de mulheres com tipos diferentes. Se você é uma pessoa magra e tem um corpo bem proporcionado, pode usar um Tailleur com ombreiras, saia curta e paletó de abotoamento duplo. Agora, imagine que seu tipo seja “cadeiruda”. Sua principal missão é alongar a silhueta. Então, seu Tailleur terá um paletó que pare logo abaixo do quadril, escondendo o volume; ou alguns dedos acima do ponto mais largo, chamando atenção para cima. O abotoamento do paletó será simples, a gola em “V”, além de mangas secas e finas. Resultado: você parecerá mais esguia e o volume do quadril não sobressairá na sua silhueta.     

Outras táticas são fundamentais para espichar o curto, alargar o comprido, e assim por diante. A principal é valer-se do uso adequado das cores e dos tecidos. Saiba tirar proveito do claro/escuro, pois na presença de uma cor vibrante, o escuro tende a desaparecer. Se você tem o quadril largo, disfarce-o com uma calça escura.  Em contrapartida, valorize a parte de cima com uma blusa de cor vibrante, e bijuterias.

Da mesma maneira, realce ou disfarce fazendo o jogo dos tecidos: a lã tweed aumenta o volume, enquanto molengo e de boa queda, como o jérsei, tende a disfarça-lo. Se você é “peituda”, uma blusa de shantung ou um suéter de lã angorá farão o seu peito parecer maior ainda.

Entre no jogo prestando atenção em duas situações fundamentais: os quatro tipos de problemas básicos pedem para ser combinados com as outras características do corpo. Por exemplo, um tronco longo tem sua jogada; exige cuidados especiais. Mas se, para complicar, as pernas são muito grossas, então passe para uma nova jogada e cheque as dicas específicas. O objetivo é buscar uma combinação que se aproxime da soma; tronco longo + pernas grossas. Siga em frente, e estará pronta para uma grande cartada em busca do seu estilo.

O livro de Glória Kalil prossegue com um guia para cada um dos tipos citados, com dicas valiosas. Vale a pena consultar.

Além do vestuário, os acessórios, o cabelo e a maquiagem também vão compor o visual, e até os calçados reforçam ou desmerecem o perfil. Nas próximas aulas vamos continuar vendo qual a melhor imagem adequada ao seu comportamento profissional e social que passem a imagem da pessoa que você é.

Por enquanto é só.

Bons estudos!!!

Profª Talita Godoy


Referência: “Chic – um guia básico de moda e estilo. Glória Kalil. Editora Senac, 2005.



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