Turma: 4º Secretariado - NOTURNO
Disciplina: Administração Estratégica
Tema da aula: Um breve histórico sobre
o princípio da Administração e seus autores
Data: Fev/2014 (aulas 01 e 02)
Profª Talita Godoy
Introdução
Temos por objetivo nesta disciplina verificar alguns dos principais
conceitos de gestão estratégica mais comuns no meio administrativo. Partiremos
nesta aula 01 do princípio teórico de administração, gestão, estratégia, um breve histórico
dos principais nomes de profissionais que fizeram as mudanças e os avanços
tecnológicos surgirem e nos influenciarem, e posteriormente vamos tomar conhecimento de alguns
exemplos de sua aplicação. Assim, passo a passo, esperamos que ao final da disciplina
seja possível analisar criticamente as práticas aplicadas em sua empresa ou
organização e propor métodos que apontem novos caminhos para a melhoria nos
resultados.
Organização
A Fundação Nacional da Qualidade define Organização como: companhia,
corporação, firma, órgão, instituição, empresa ou uma unidade dessas; sociedade
anônima, limitada ou com outra forma estatutária, que tem funções e estruturas
administrativas próprias e autônomas, no setor público ou privado, com ou sem
finalidade de lucro, de portes pequeno, médio ou grande.
Outras definições:
Administração é o processo
de alcançar objetivos pelo trabalho com e por intermédio de pessoas e outros
recursos organizacionais.
Administração é o processo
de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da
organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para
alcançar objetivos organizacionais definidos.
Administração é o ato de
planejar, organizar, liderar e controlar o uso de recursos para alcançar
objetivos de desempenho.
Administração é o alcance
de objetivos organizacionais de maneira eficaz e eficiente graças ao
planejamento, à organização, à liderança e ao controle dos recursos
organizacionais.
Administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras
pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como dos seus membros
(CHIAVENATO, 2007, pág. 04).
As definições acima concordam que para administrar é preciso exercer
quatro funções básicas (COSTA NETO, 2010), conhecidas pelas siglas PDCA:
PLANEJAMENTO: envolve o que fazer; por que fazer e como fazer.
ORGANIZAÇÃO: responde quem faz o que; onde faz e quando faz.
DIREÇÃO: relaciona-se a efetividade, eficiência e eficácia; liderança
e motivação; comando.
CONTROLE: comparação com os padrões; correção de rumos; subsídios ao
aperfeiçoamento.
A última definição apresentada anteriormente traz duas palavras-chave
para a administração apontando que o eficaz e o eficiente.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Pense por alguns instantes e responda se você é um profissional mais
eficaz ou mais eficiente.
Qual a diferença entre ambos?
Eficiência: o termo está
ligado à boa utilização (ou uso adequado) dos recursos disponíveis, ideia de
produtividade.
Eficácia: o termo está
ligado ao bom resultado global da organização, identificar a coisa certa a ser
feita e fazer (pensando na qualidade dos resultados das ações praticadas).
Tanto o eficaz como o eficiente são importantes na administração
organizacional.
Quem são os pioneiros do
desenvolvimento da administração como ciência?
Sócrates (470 a.C. – 399
a.C.): via a Administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento
técnico e da experiência.
Aristóteles (384 a.C. – 322
a.C.): estudou a organização do Estado e distingue três formas de administração
pública: monarquia, aristocracia e democracia.
Francis Bacon (1561 –
1626): enunciou o princípio do principal sobre o acessório (prioridades).
Thomas Hobbes (1588 –
1679): defendia que o Estado deveria impor a ordem e a organização da vida em
sociedade.
Jean-Jaques Rousseau (1712
– 1778): pregou a necessidade do contrato social.
Adam Smith (1723 – 1790):
introduziu o liberalismo econômico ao publicar a obra “Riqueza das nações”.
Jeremy Benthan (1748 –
1832): publicou “Uma introdução aos princípios da moral e da ética”.
Willian Gladstone (1809 –
1898): criou a figura da sociedade de responsabilidade limitada.
Karl Heinrich Marx (1818 –
1883): juntamente com Friedrich Engels (1820 – 1895) lançou o “manifesto
Comunista”.
Henry Fayol (1841 – 1925):
considerado o idealizador da Teoria clássica da Administração, lançou em 1916 o
livro “Administração industrial e geral”. Era um engenheiro metalúrgico
francês. Em seu livro, enfatiza o papel dos executivos na administração dos
bens. Considerava os administradores como coordenadores das atividades
industriais, comerciais e religiosas, entre outras.
Vilfredo Pareto (1848 –
1923): executou, em 1897, um estudo sobre a distribuição de renda, mediante o
qual se percebeu que a distribuição de riqueza não se dava de maneira uniforme,
havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela da
população (20%).
Frederick Winslow Taylor (1856
– 1915): foi considerado o pai da Administração Científica, publicou o livro
“princípios da Administração científica”. Preocupava-se com a organização e
racionalização do trabalho da base produtiva, isto é, com a maximização dos
esforços humanos no plano operacional. A aplicação prática das teorias de
Taylor e Fayol foram intensas em todas as indústrias, de produção em massa,
especialmente nas linhas de montagem de automóveis desenvolvidas nas fábricas
de Ford, no início do século passado. Taylor também apresentou o pensamento que
divide o trabalho em duas partes: manual e intelectual. “Ao trabalhador não
cabia a função de pensar, analisar e estruturar seu trabalho, mas simplesmente
de executar ordens sem a necessidade de grande esforço mental. Para Taylor,
planejar a atividade e estabelecer os controles necessários cabia a alguém mais
bem preparado que um simples trabalhador. Cabia ao administrador (MASIERO,
2009, p.14).
Henry Ford (1863 – 1947):
foi um dos principais responsáveis pela produção em massa na indústria
automotiva.
Max Weber (1864 – 1920):
publicou um estudo sobre a importância e o tipo ideal de burocracia.
Alfred P. Solan Jr. (1875 –
1966): opondo-se a Ford, estabeleceu a divisão da produção em unidades
autônomas com marcas e preços diferenciados.
George Elton Mayo (1880 –
1949): descobriu a importância do fator humano na produção. Para Mayo “a
formação de grupos informais era uma resposta contra toda a sociedade, que
tratava os seres humanos como máquinas, preocupadas, única e exclusivamente,
com o interesse econômico. Esse autor procurou mostrar também que um dos
fatores mais influentes na produtividade eram as relações sociais desenvolvidas
no trabalho, tanto formais como informais, e não simplesmente recompensas
econômicas ou diferentes condições ambientais” (MASIERO, 2009, p.14). Surgia a
definição do “homem psicológico”.
Walter Andrew Shewhart (1891
– 1967): concebeu os gráficos do Controle Estático de Processos – o CEP, o
gráfico do Plan Do Control Action – o
PDCA, publicando o livro “Economic
control f quality of manufactured product”, em 1931.
Willian Edward Feming (1900
– 1993): ministrou ensinamentos de qualidade aos japoneses após a Segunda
Guerra Mundial e popularizou o ciclo PDCA concebido por Shewart. Em sua
homenagem, os japoneses criaram o Premio Deming de Qualidade (1950).
Ludwig Von Bertalanffy (1901
– 1972): enxergou que os processos que existem na natureza, não ocorrem
isoladamente, mas se desenvolvem como partes de um meio ambiente maior em que
estão inseridos.
Joseph M. Juran (1904 –
2008): um dos pioneiros da qualidade,
criou a trilogia planejamento, controle
e melhoria da qualidade.
Peter Ferdinand Drucker (1909
– 2005): considerado o maior guru da Administração, publicou dezenas de livros
voltados à área.
Armand V. Feigenbaum (1922):
concebeu o conceito de controle da
qualidade total e gestão da
qualidade total.
Philip Crosby (1927 – 2001):
popularizou o princípio de fazer certo da primeira vez como parte do seu
programa Zero Defeito.
Os autores acima citados são todos ocidentais, sendo que Carvalho
(2005) e Costa Neto (2010) também apresentam uma lista de autores orientais de
grande importância:
Kaoru Ishikawa (1915 –
1989): desenvolveu o esquema espinha de
peixe para resolução de problemas, dentre outros modelos.
Genichi Taguchi (1924):
introduziu a ideia da qualidade como associada á perda monetária imposta à
sociedade por falha dos produtos.
Tahiichi Ono (1912 – 1990):
foi considerado o criador do Sistema Toyota de Produção e o pai do sistema
Kanban.
Toyoda Kiichiro (1894 –
1951): foi considerado o criador do sistema Just-in-Time.
Os próprios autores consultados para elaboração deste material também
são incluídos entre a lista de estudiosos que muito contribuem com a
Administração em nosso país:
Pedro Luiz de Oliveira Costa
Neto (1939): autor de 14 livros
Vivente Falconi Campos (1940):
divulgador das técnicas japonesas para a qualidade e autor de diversos livros
sobre o tema qualidade.
Nas próximas aulas veremos estratégias administrativas e ferramentas
de gestão.
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